Cientistas brasileiros anunciaram a descoberta de uma nova espécie de ave na Amazônia que chamou atenção não apenas pela raridade, mas também pelo comportamento incomum.
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Encontrada na Serra do Divisor, no Acre, a ave apresenta uma docilidade surpreendente, algo raro entre animais silvestres.
A postura tranquila diante de humanos levou especialistas a compará-la ao dodô, ave extinta há mais de 350 anos. Com isso, acendeu um alerta imediato sobre o risco de desaparecimento precoce da espécie.
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Qual é a nova ave descoberta na Amazônia?
A espécie foi batizada oficialmente de Tinamus resonans, conhecida popularmente como sururina-da-serra.
Ela pertence à família dos tinamídeos, aves terrestres típicas da América do Sul, parecidas com as famosas “inhambus”.
O diferencial está, sobretudo, na combinação de características físicas e sonoras. A plumagem apresenta tons inéditos entre espécies próximas, com máscara facial acinzentada e peito em tom castanho-avermelhado.
Além disso, o canto é longo, profundo e ressonante, ecoando pelas encostas da serra. Inclusive, foi esse som marcante que ajudou os pesquisadores a identificarem a ave pela primeira vez.
Por que a ave foi comparada ao dodô?
O principal motivo da comparação é o comportamento. Ao contrário da maioria das aves amazônicas, que fogem rapidamente ao menor sinal de humanos, a sururina-da-serra não demonstra medo.
Durante as observações, alguns indivíduos se aproximaram dos pesquisadores sem sinais de estresse.
Esse tipo de conduta lembra o dodô, ave que evoluiu sem predadores naturais e acabou sendo facilmente capturada após a chegada dos humanos, o que levou à extinção no século XVII.
Segundo especialistas, essa “confiança” excessiva pode se tornar uma desvantagem fatal caso a região sofra invasões, turismo descontrolado ou avanço de atividades ilegais.
A espécie já corre risco de extinção?
Sim. Apesar da descoberta recente, estimativas iniciais apontam que existam cerca de 2.100 indivíduos na natureza, todos restritos a uma faixa específica da Serra do Divisor, entre 310 e 435 metros de altitude.
A área onde a ave vive é uma unidade de conservação federal, o que garante proteção legal. Porém, ameaças como desmatamento no entorno, mudanças climáticas e projetos de infraestrutura representam riscos concretos.
Por isso, pesquisadores defendem que a espécie seja rapidamente avaliada por órgãos internacionais de conservação e incluída em programas oficiais de monitoramento.
A descoberta da sururina-da-serra mostra que a Amazônia ainda guarda segredos impressionantes. No entanto, também revela como uma espécie pode já nascer ameaçada.
A docilidade, que encanta, pode ser justamente o fator que colocará a ave em risco. Proteger seu habitat agora é a única forma de evitar que ela se torne mais um nome na lista de extinções.
