Na segunda-feira (06), a TV Globo alcançou um feito inédito na história da teledramaturgia brasileira: transformou a novela “Vale Tudo” em um verdadeiro espetáculo publicitário.
O episódio que marcou a morte de Odete Roitman reuniu quase 40 marcas em inserções dentro e fora da trama, gerando um faturamento estimado em mais de R$ 200 milhões para a emissora.

A emissora lançou uma campanha publicitária massiva em torno da revelação do assassino de Odete Roitman. Assim como era previsto, por se tratar de um remake, a morte da vilã tem gerado uma série de discussões sobre o assunto.
Uma nova era na teledramaturgia: publicidade dentro de Vale Tudo
A Globo tem investido fortemente na integração de marcas à narrativa das novelas, buscando uma forma mais natural e eficaz de publicidade.
Segundo Manzar Feres, Diretora de Negócios da Globo, a emissora tem trabalhado para que as marcas façam parte do contexto da trama, evitando a fricção que os tradicionais merchan causavam no passado.
Parcerias com empresas como Coca-Cola têm resultado em projetos desenvolvidos especialmente para a novela, combinando merchandising com conteúdo relevante.
A morte de Odete Roitman não foi apenas um clímax da novela, mas um verdadeiro evento cultural que cativou milhões de telespectadores. A TV Globo acertou em tratar a revelação como um megaevento, atraindo significativos investimentos publicitários.
Impacto financeiro da morte de Odete na Globo
O sucesso comercial de “Vale Tudo” reflete uma estratégia bem-sucedida de monetização da teledramaturgia.
Com quase 90 ativações de marcas até setembro de 2025, a novela se tornou um case de sucesso para a Globo, demonstrando a viabilidade de modelos de negócios inovadores na televisão aberta.
A presença de grandes marcas como Amazon, iFood, Nubank, Volkswagen e Magalu, entre outras, evidencia o potencial de faturamento da emissora por meio da publicidade integrada.
Apesar do sucesso, essa abordagem levanta questões sobre a autonomia criativa dos roteiristas e a influência das marcas nas narrativas. Há preocupações de que a busca por retorno financeiro possa comprometer a qualidade artística das produções.
No entanto, a Globo tem demonstrado que é possível equilibrar criatividade e rentabilidade, estabelecendo um novo padrão para a televisão brasileira.