A chamada gripe K passou a preocupar autoridades de saúde internacionais após o aumento expressivo de casos em países da Europa e da Ásia. Diante desse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global e reforçou recomendações para tentar conter a disseminação do vírus e evitar que ele ganhe força em outras regiões, como as Américas.
OMS monitora avanço da gripe K
De acordo com a OMS, a gripe K está relacionada ao subtipo Influenza A (H3N2), mas apresenta variações genéticas que chamaram a atenção dos especialistas. Embora a circulação global do vírus ainda esteja, em termos gerais, dentro do padrão esperado para a estação, algumas regiões registraram um aumento mais cedo e mais intenso do que o habitual.
No Sudeste Asiático, por exemplo, quase metade das pessoas diagnosticadas com gripe já apresenta essa variante. Esse crescimento acelerado levou a OMS a intensificar o monitoramento e a orientar os países a reforçarem suas estratégias de prevenção.
Europa registra pico antecipado de infecções
Na Europa, a situação também acendeu um sinal de alerta. Tradicionalmente, o aumento das infecções respiratórias ocorre no início do inverno, entre janeiro e fevereiro. No entanto, a gripe K antecipou esse movimento em mais de um mês.
Entre maio e novembro, o subclado K foi responsável por uma parcela significativa dos casos de influenza analisados em laboratório. Esse comportamento fora do padrão preocupa especialistas, pois pode sobrecarregar os sistemas de saúde antes do período mais crítico do inverno.
E nas Américas?
Nas Américas, a circulação do vírus ainda é considerada baixa na maioria dos países, especialmente no hemisfério sul. Mesmo assim, Brasil e Chile já registraram aumento de casos de gripe associados ao Influenza A (H3N2), o que coloca a região em estado de atenção.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alerta que, caso o vírus se espalhe com mais intensidade, a temporada de gripe de 2026 pode começar mais cedo e ter impacto maior do que o observado em anos anteriores.
Quais são os sintomas da gripe K?
Os sintomas da gripe K são semelhantes aos de outras variantes da influenza e incluem:
-
Febre alta e repentina
-
Dor de cabeça
-
Dor no corpo e nas articulações
-
Tosse seca
-
Dor de garganta
-
Cansaço intenso
-
Calafrios
Em casos mais graves, principalmente entre pessoas do grupo de risco, podem surgir complicações respiratórias, como pneumonia, além de agravamento de doenças pré-existentes.
Vacinação segue sendo a principal proteção
Mesmo com as mutações observadas na gripe K, a OMS reforça que a vacina contra a gripe continua sendo fundamental. Segundo o órgão, ainda que existam diferenças genéticas entre os vírus circulantes e as cepas presentes no imunizante, a vacinação sazonal oferece proteção importante contra formas graves da doença.
A recomendação é especialmente direcionada a idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde.
Atenção redobrada e prevenção contra a gripe K
A OMS também destaca que surtos de gripe e outros vírus respiratórios podem exercer forte pressão sobre hospitais e unidades de saúde. Por isso, além da vacinação, medidas simples continuam essenciais, como:
-
Higienizar as mãos com frequência
-
Evitar aglomerações em períodos de alta transmissão
-
Usar máscara em caso de sintomas respiratórios
-
Procurar atendimento médico se os sintomas se agravarem
O avanço da gripe K reforça a importância da vigilância contínua e da prevenção para evitar que o vírus se espalhe rapidamente e cause impactos mais severos nos próximos meses.





