O céu do interior de São Paulo foi palco de um espetáculo raro nesta semana: a chuva de meteoros Orionídeas.

Ela é formada por fragmentos do cometa Halley e iluminou a madrugada de terça-feira (21). Sabe qual é a melhor parte? Deve haver um pico ainda mais intenso nas noites desta quarta (22) e quinta-feira (23).
O fenômeno pôde ser visto a olho nu em diversas cidades do noroeste paulista, sobretudo, em locais com céu limpo e pouca iluminação artificial.
Fenômeno registrado por astrônomo em Nhandeara (SP)
O astrônomo amador Renato Poltronieri registrou o espetáculo no observatório de Nhandeara (SP).
As imagens ─ destacadas pelo G1 ─ mostram diversos rastros luminosos cortando o céu, resultado da passagem de partículas incandescentes na atmosfera.
Segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o evento está dentro do período de maior atividade das Orionídeas. Que é, aliás, uma das chuvas mais conhecidas e regulares do calendário astronômico.
Como se forma a chuva de meteoros Orionídeas?
A chuva é resultado da passagem da Terra pela trilha de detritos deixada pelo cometa Halley.
Assim, todos os anos, entre outubro e novembro, o planeta atravessa essa região do espaço, repleta de partículas deixadas durante as antigas passagens do cometa.
Quando essas partículas entram na atmosfera a cerca de 66 km por segundo, elas se incendeiam por atrito com o ar. Em seguida, criam os famosos riscos luminosos, conhecidos como “estrelas cadentes”.
A maior parte desses meteoros se desintegra completamente antes de tocar o solo, oferecendo então, um espetáculo seguro e fascinante.
Como e onde observar?
A NASA estima que, durante o pico, a chuva possa ter intensidade até 20 vezes maior do que o normal. Dessa forma, para observar, especialistas recomendam seguir algumas orientações simples:

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Procure locais longe das luzes da cidade.
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Direcione o olhar para a constelação de Órion, onde estão as “Três Marias”.
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Observe entre meia-noite e o amanhecer, quando a atividade tende a ser mais intensa.
Com céu limpo, não é preciso telescópio nem binóculo — apenas paciência e um bom campo de visão.
Um lembrete da grandiosidade do espaço
A chuva de meteoros Orionídeas é um lembrete da conexão da Terra com o cosmos e do legado deixado por corpos celestes como o cometa Halley, visível da Terra a cada 76 anos.
Enquanto ele segue seu trajeto distante, suas partículas continuam oferecendo um espetáculo que une curiosos e astrônomos sob o mesmo céu.