Um chip ocular desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Stanford, em parceria com uma empresa de biotecnologia, promete revolucionar o tratamento da cegueira. A tecnologia atua como uma espécie de retina artificial.
O implante é posicionado sob a retina e funciona em conjunto com óculos equipados com uma microcâmera.
Esses óculos captam as imagens e enviam os dados ao chip, que converte os sinais em estímulos elétricos.
Em seguida, esses estímulos ativam células ainda saudáveis do olho, permitindo assim, que o cérebro volte a “enxergar” a imagem.
Ou seja, o sistema ignora os fotorreceptores danificados e cria um novo caminho para a informação visual.
Diferentemente de tecnologias anteriores, que apenas permitiam percepção de luz, esse chip já possibilita identificação de letras, números e formas.
Quem poderá usar o chip e para quais casos ele é indicado?
O primeiro público-alvo são pessoas com degeneração macular relacionada à idade (DMRI) em estágio avançado.

Essa doença destrói a visão central e, até hoje, não tinha um tratamento capaz de reverter o dano. Nos testes clínicos, muitos pacientes voltaram a ler após a implantação.
Além disso, alguns relataram melhora significativa na identificação de objetos e no reconhecimento de padrões.
A princípio, o chip não é indicado para todos os tipos de cegueira. Casos relacionados ao nervo óptico ou a lesões cerebrais, por exemplo, não entram na primeira fase.
Porém, os cientistas já trabalham em versões futuras com maior resolução e campo de visão ampliado.
Quando o chip chegará ao mercado?
A expectativa é que o dispositivo seja lançado comercialmente em 2026. O primeiro mercado deve ser a Europa, seguido por outros continentes.
Antes disso, a tecnologia ainda passará por etapas regulatórias e expansão dos estudos clínicos. O foco é garantir segurança, durabilidade e eficácia a longo prazo.
Apesar disso, especialistas afirmam que o avanço já representa uma virada histórica na oftalmologia.
Por que esse chip é considerado revolucionário?
Até hoje, as próteses visuais entregavam imagens extremamente limitadas. Agora, pela primeira vez, a visão funcional está se tornando realidade.
Além de devolver autonomia, o chip tem potencial para transformar a vida emocional e social dos pacientes.
Atividades simples, como ler um livro ou reconhecer um rosto, voltam a ser possíveis.
Com isso, a tecnologia inaugura uma nova era na medicina: a integração direta entre chips e sistema nervoso.





