Nos últimos dias de novembro, queimaduras provocadas por caravelas-portuguesas voltaram a preocupar banhistas nas praias de Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio, no Rio de Janeiro.
Embora belas à primeira vista, com coloração azul e roxa, essas criaturas representam um risco muito maior do que as conhecidas águas-vivas.
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Especialistas alertam que o simples toque pode provocar dor intensa, sensação de choque elétrico e lesões profundas na pele.
O perigo permanece mesmo quando o animal parece morto, já que suas toxinas continuam ativas por horas.
O que são as caravelas-portuguesas afinal?
Diferentemente do que muitos imaginam, a caravela-portuguesa (Physalia physalis) não é um único animal, mas uma colônia de organismos interdependentes chamada de sifonóforo.
Cada parte desempenha uma função vital, como alimentação, flutuação e defesa.
Seus tentáculos podem atingir vários metros de comprimento e funcionam como uma rede venenosa altamente eficiente para capturar presas.
O contato com eles libera toxinas capazes de causar reações alérgicas severas e, em casos mais raros, complicações respiratórias e cardíacas.
Por que elas aparecem em grande quantidade?
A principal explicação está relacionada a fatores ambientais. Ventos fortes, mudanças nas correntes marítimas e a passagem de sistemas climáticos, como ciclones, acabam empurrando esses organismos para a costa.
Esse tipo de ocorrência é mais comum durante períodos de calor e instabilidade no mar. Por isso, a presença de caravelas-portuguesas tende a aumentar na temporada de verão.
O que fazer em caso de queimadura?
A orientação dos especialistas é clara e direta, antes de tudo, procure por um socorrista ou profissional na praia:
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Primeiramente, lave somente com água do mar outra opção é usar vinagre, quando fizer aplicação, raspe com um cartão de crédito.
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Não use água doce ou urina
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Não esfregue a pele
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Procure imediatamente um salva-vidas
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Busque atendimento médico se a dor persistir
Além disso, jamais toque no animal, mesmo que pareça inofensivo ou esteja fora da água.
Caravelas-portuguesas são vilãs do oceano?
Apesar da fama perigosa, as caravelas exercem papel importante no ecossistema marinho.
Afinal, elas ajudam a controlar populações de pequenos organismos e fazem parte da alimentação de espécies como tartarugas e peixes.
Ou seja, as caravelas-portuguesas não são invasoras, apenas estão fora de seu ambiente natural temporariamente.
A regra é simples: admire de longe, pois as caravelas-portuguesas não são apenas bonitas, são potencialmente perigosas.
Ao ver uma na areia, mantenha distância e avise um profissional. Sua saúde e de outros banhistas agradece.
