A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou neste ano sua atuação no setor de cafés e bebidas sabor café. Com uma nova determinação que impede a comercialização da marca Vibe Coffee, já são cinco marcas alvo de ações de proibição em 2025.

(Foto: I.A/Sora)
A nova proibição da Anvisa contra a Vibe Coffee — que se soma a pelo menos outras quatro marcas já banidas este ano — mostra que a fiscalização sobre cafés e bebidas de “sabor café” está mais ativa do que nunca.
Para consumidores e empresários do setor, o recado é claro: qualidade, transparência e cumprimento regulatório não são opcionais. Ficar atento a rótulos, origem e comunicação da marca virou parte da rotina de quem realmente valoriza um bom café — e de quem deseja proteger a própria saúde.
O que ocorreu com a Vibe Coffee e outras marcas
- No início de novembro, a Vibe Coffee teve sua fabricação, distribuição, comercialização, propaganda e uso suspensos pela Anvisa após constatações de irregularidades sanitárias como ausência de licença, falta de rastreabilidade e más práticas de higiene.
- Segundo levantamento, as seis marcas que tiveram proibições incluíam: Melissa, Pingo Preto, Oficial do Brasil, Café Câmara, Fellow Criativo (da Cafellow) e Vibe Coffee.
- Os motivos variam: desde uso de ingredientes inadequados ou adulterados (como produtos que se diziam “café” mas continham outros insumos), presença de toxinas, até fabricantes sem regularização sanitária ou alvará.
Por que essa intensificação da fiscalização da Anvisa?
- Segurança alimentar: Produtos que se passam por “café” ou que contêm ingredientes não aprovados podem colocar a saúde do consumidor em risco. Por exemplo, foram detectados casos de “café fake” — produtos que não eram compostos exclusivamente de grãos de café torrado e moído.
- Transparência na cadeia produtiva: A rastreabilidade, boas práticas de fabricação, licenciamento sanitário são exigências básicas para garantir que o produto chegue ao consumidor com qualidade. A falta delas é um dos pontos levantados pela Anvisa.
- Pressão regulatória e consumo consciente: Com o crescimento de cafés especiais, lojas online e micro-marcas, o escopo de fiscalização amplia — e isso exige maior rigor tanto do produtor quanto da marca que comercializa.
Impactos para o mercado e para o consumidor
- Para o consumidor: A interrupção de venda dessas marcas serve como alerta para que se fique mais atento aos rótulos, origem do produto, lista de ingredientes e regularização do fabricante.
- Para o mercado de cafés especiais e gourmet: Marcas que operam sem cumprir requisitos legais ou que apostam em fórmulas “innovadoras” sem aprovação correm risco de penalização, recall ou proibição.
- Para a cadeia produtiva brasileira: A imposição de regras rigorosas pode aumentar os custos de operação para pequenas torrefações, mas também tende a elevar o nível geral de qualidade do setor.
O que observar antes de comprar café?
- Verifique se o fabricante informa licença ou registro sanitário e se há rastreabilidade do grão ou origem.
- Consulte a lista de ingredientes — produtos de café puro mencionam apenas “café torrado e moído”; aditivos suspeitos ou ingredientes extras podem indicar problema.
- Compare preços e embalagens — ofertas “super-baratas” de marcas pouco conhecidas merecem cautela.
- Pesquise se a marca ou lote sofreu recall ou foi alvo de proibição pela Anvisa.





