A Sony virou a nova dona do Charlie Brown Jr.?
A pergunta ganhou espaço após a família de Chorão perder o registro da marca da banda. Enquanto isso, a Sony anunciou um acordo milionário para assumir o controle da franquia Peanuts, dona do personagem Charlie Brown.
Apesar da coincidência, a resposta não é direta, envolve cifras altas e nuances jurídicas.
Regra nova para reprovação escolar: como pais podem se preparar para 2026 Vacina da dengue do Butantan: quem tem direito e como garantir a imunização em 2026 Golpes com Pix em 2026: Banco Central explica os riscos e o que muda no MED 2.0 Sony virou dona do Charlie Brown Jr.? Entenda a reviravolta por trás da marca
A perda da marca pela família de Chorão
O INPI anulou o registro da marca “Charlie Brown Jr.”, que estava em nome da viúva e do filho de Chorão.
A decisão considerou que o nome da banda deriva do personagem Charlie Brown, criado por Charles M. Schulz, cuja marca é protegida internacionalmente há décadas.
Com isso, a família perdeu a exclusividade legal sobre o uso comercial do nome no Brasil, abrindo um cenário de incerteza sobre quem pode explorá-lo formalmente.
Onde entram os milhões investidos pela Sony?
Pouco antes da decisão ganhar repercussão, a Sony anunciou a compra de 41% da Peanuts Holdings, participação que pertencia à canadense WildBrain.
O valor da operação foi de 630 milhões de dólares canadenses, o equivalente a cerca de US$ 457 milhões.
Somada à participação de aproximadamente 39% que a Sony Music Entertainment Japan já possuía, a empresa passou a controlar cerca de 80% da Peanuts Holdings.
A família de Charles M. Schulz manteve os 20% restantes.
A Sony virou dona do Charlie Brown Jr.?
Não.
Apesar do investimento milionário, a Sony não comprou a marca da banda brasileira, nem se tornou dona automática do nome Charlie Brown Jr..
O que ela passou a ter é força econômica e jurídica ampliada para proteger o personagem Charlie Brown. Isso pode impactar diretamente tentativas de registro ou exploração comercial do nome da banda.
Quem controla a marca hoje?
Na prática, ninguém tem o registro exclusivo no Brasil neste momento. Então, o cenário atual envolve:
-
perda do controle pela família,
-
decisões judiciais que permitem o uso do nome por ex-integrantes em shows,
-
e uma gigante global, agora com investimento milionário, capaz de contestar novos registros.
O que muda daqui para frente?
Mesmo sem ser dona do Charlie Brown Jr., a Sony passa a ter peso decisivo no futuro da marca.
O nome segue culturalmente forte, porém, juridicamente mais caro, complexo e arriscado de explorar.
