Uma condição recentemente reconhecida pela ciência reacendeu o debate sobre perda de memória na terceira idade.
No entanto, especialistas alertam que nem todo esquecimento indica uma doença grave. Entender os sinais corretos ajuda a buscar ajuda médica no momento certo, sem medo desnecessário.
O que é a nova condição que afeta a memória dos idosos?
Pesquisadores passaram a reconhecer oficialmente a Encefalopatia TDP-43 relacionada à idade, conhecida como LATE.
Essa condição afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos e provoca sintomas semelhantes aos do Alzheimer, como lapsos de memória e confusão mental.
Porém, diferente do que muitos imaginam, a LATE não é uma “doença nova” no sentido de surgir agora.
Ela sempre existiu, mas só recentemente foi melhor compreendida e classificada, ajudando médicos a explicar casos que antes ficavam sem diagnóstico preciso.
Além disso, a evolução da LATE costuma ser mais lenta, o que exige observação contínua e acompanhamento médico adequado.
Esquecimento normal ou sinal de alerta?
Com o envelhecimento, é comum apresentar pequenas falhas de memória. Esquecer nomes, trocar palavras ou demorar mais para lembrar informações faz parte do processo natural do cérebro.
Por outro lado, alguns sinais merecem atenção especial:
-
Esquecer compromissos importantes com frequência.
-
Ter dificuldade para realizar tarefas rotineiras, como pagar contas.
-
Se perder em locais conhecidos.
-
Apresentar confusão constante ou mudanças de comportamento.
Quando esses sintomas passam a interferir na autonomia do idoso, é indicado procurar um profissional de saúde.
Quando procurar ajuda médica sem pânico?
A recomendação dos especialistas é clara: observar a progressão dos sintomas ao longo do tempo.
Esquecimentos isolados não costumam ser motivo de preocupação imediata.
Porém, procure um médico se:
-
A perda de memória piora de forma contínua.
-
Há impacto direto na vida diária.
-
Familiares percebem mudanças cognitivas persistentes.
Vale destacar que muitas causas de perda de memória são reversíveis, como deficiência de vitaminas, efeitos de medicamentos, depressão, distúrbios do sono ou problemas na tireoide.

Como a família pode agir de forma equilibrada?
A família tem papel essencial nesse processo. Registrar mudanças, conversar com calma e evitar rótulos precipitados ajuda o idoso a se sentir seguro.
Além disso, levar informações organizadas ao médico facilita o diagnóstico correto e evita ansiedade desnecessária.
Embora a ciência avance no reconhecimento de novas condições ligadas à memória, o principal recado é claro: informação e acompanhamento são mais eficazes do que o pânico.
Observar, dialogar e buscar orientação no momento certo faz toda a diferença para um envelhecimento mais tranquilo.





