O cometa 3I/ATLAS, identificado como um objeto interestelar, atinge nesta quinta-feira (19) o ápice da sua passagem pelo Sistema Solar em relação à Terra. O fenômeno chama atenção porque envolve um visitante vindo de fora do nosso sistema, algo extremamente raro na astronomia moderna.
Apesar da curiosidade, especialistas reforçam que o evento não oferece qualquer risco, mas representa uma oportunidade científica única.
O que é o cometa 3I/ATLAS?
O 3I/ATLAS é classificado como um cometa interestelar, ou seja, um corpo celeste que não se originou no Sistema Solar. Ele veio de outra região da galáxia e segue uma trajetória hiperbólica, o que significa que não ficará preso à gravidade do Sol.
Até hoje, apenas três objetos desse tipo foram confirmados oficialmente:
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ʻOumuamua (2017)
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2I/Borisov (2019)
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3I/ATLAS (2025)
Esse fator torna a passagem atual um evento raro e muito estudado.
Por que hoje é considerado o ápice da passagem?
O ápice acontece porque 19 de dezembro marca o ponto de maior aproximação do 3I/ATLAS em relação à Terra.
Isso não significa que ele esteja mais próximo do Sol, já que o periélio ocorreu no fim de outubro.
A partir de agora, o cometa começa a:
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Se afastar progressivamente da Terra
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Perder brilho ao se distanciar do Sol
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Retornar ao espaço interestelar
Ou seja, este é o melhor momento para observações científicas e registros astronômicos.
É possível observar o 3I/ATLAS?
Para o público geral, a observação direta não é simples. O cometa:
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Não é visível a olho nu
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Exige telescópios de médio ou grande porte
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É monitorado principalmente por observatórios profissionais
Mesmo assim, astrônomos amadores experientes podem tentar registrá-lo com equipamentos adequados e céu limpo.
Por que essa passagem é tão importante?
A relevância do 3I/ATLAS vai além do espetáculo visual. Ele ajuda cientistas a:
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Estudar materiais formados fora do Sistema Solar
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Comparar composições químicas entre sistemas estelares
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Entender melhor a formação de planetas e cometas
Além disso, eventos assim reforçam o quanto o espaço é dinâmico e cheio de visitantes inesperados.
O ápice da passagem do 3I/ATLAS marca um momento raro para a ciência. Mesmo sem impacto direto na Terra, o cometa oferece pistas valiosas sobre o universo além do nosso quintal cósmico e reforça como eventos espaciais continuam despertando fascínio e investigação.
