Um vídeo publicado em 28 de dezembro de 2025 no X (antigo Twitter) voltou a acender o alerta sobre excesso de velocidade no Brasil. As imagens mostram um piloto acelerando uma superesportiva até 299 km/h em uma rodovia brasileira, ultrapassando carros em tráfego leve. A cena, gravada com uma GoPro no tanque da moto, gerou milhões de visualizações e reações de agonia e revolta.
O cara chegou na velocidade máxima de 299 km/h em uma rodovia.
Que agonia de assistir esse vídeo, papo de se tivesse uma pedrinha na estrada virava poeira na hora.
pic.twitter.com/ScjN0q8tfZ— REAL MIL GRAU (@realmilgrauu) December 28, 2025
O que mostra o vídeo que viralizou
O conteúdo foi compartilhado pelo perfil @realmilgrauu, conhecido por vídeos de entretenimento e futebol.
Nas imagens, o velocímetro marca 299 km/h, número que chamou atenção por ser um limite artificial comum em painéis de supermotos.
Especialistas e usuários apontam que, pela forma como os carros são ultrapassados, entretanto, a velocidade real pode estar acima de 350 km/h.
Isso reforçou a sensação de perigo extremo para quem assistiu.
Por que assistir a isso dá tanta agonia
A partir de 273 km/h, qualquer erro vira uma sentença imediata, principalmente, neste caso em que a moto shimou. Ou seja, o guidão ficou oscilando, tremendo durante uma fração de segundos. Se o tempo de reação não fosse instantâneo, e a moto não tivesse tecnologia, ele poderia não chegar aos 299 Km/h.
Uma pedrinha, um buraco no asfalto ou um animal na pista pode desestabilizar a moto instantaneamente.
Em rodovias públicas, ainda há fatores imprevisíveis como tráfego, sujeira e irregularidades comuns no asfalto brasileiro.
Mesmo motos como a Kawasaki Ninja H2, projetadas para altíssimo desempenho, só deveriam atingir essas velocidades em ambientes controlados, como pistas fechadas.
Reação do público: críticas dominam o debate
Nos comentários, a maioria das reações foi negativa.
Afinal, os usuários classificaram a atitude como irresponsável, suicida e perigosa para terceiros.
Muitos destacaram que o maior risco não é apenas para o piloto, mas para motoristas inocentes que dividem a via. A comparação mais comum foi com uma roleta-russa em alta velocidade.
O problema maior: motos e mortes no trânsito
No Brasil, motos já representam cerca de um terço das mortes no trânsito, com 13 a 14 mil óbitos por ano.
O excesso de velocidade está entre os principais fatores.
Com uma frota que já ultrapassa 35 milhões de motos, e infelizmente, vídeos assim acabam normalizando comportamentos extremos.
A viralização transforma risco real em entretenimento, o que preocupa especialistas em segurança viária.
O vídeo impressiona tecnicamente, porém escancara um problema sério. Em via pública, não é adrenalina, é risco coletivo.
Inclusive, o intuito desse artigo é alertar sobre o risco, em práticas como esta, algo enfatizado por quem interagiu com a publicação.
