O Censo 2022 do IBGE trouxe um retrato atualizado da distribuição dos sobrenomes no Brasil.
Assim, a lista revela permanências culturais profundas e indica como a formação do país. A colonização portuguesa, fluxos migratórios e processos sociais internos, inclusive, moldou a identidade familiar brasileira.
Em 2025, com base na consolidação desses dados, é possível observar que alguns sobrenomes seguem amplamente presentes em todas as regiões, enquanto outros se concentram em áreas específicas.
Por que alguns sobrenomes são tão frequentes no Brasil?
Os sobrenomes brasileiros carregam marcas históricas. Afinal, durante os séculos de colonização, escravização e miscigenação, muitas famílias receberam sobrenomes de forma não voluntária. Principalmente, pessoas indígenas e negras escravizadas.
Além disso, práticas de registro civil no século XIX favoreceram a repetição de sobrenomes simples, fáceis de serem lembrados e documentados.
Com o tempo, determinados sobrenomes se espalharam de forma massiva, ainda mais pelo interior e áreas agrícolas. Assim, passaram a representar parte significativa da população.
Os 10 sobrenomes mais comuns no Brasil (Censo 2022)
A lista abaixo mostra quantas pessoas carregam cada sobrenome no país:
| Posição | Sobrenome | Número de brasileiros |
|---|---|---|
| 1º | Silva | 34.030.104 pessoas |
| 2º | Santos | 21.367.475 |
| 3º | Oliveira | 11.708.947 |
| 4º | Souza | 9.197.158 |
| 5º | Pereira | 6.888.212 |
| 6º | Ferreira | 6.226.228 |
| 7º | Lima | 6.094.630 |
| 8º | Alves | 5.756.825 |
| 9º | Rodrigues | 5.428.540 |
| 10º | Costa | 4.861.083 |
Esses dados representam registros diretos do Censo, o que significa que refletem a presença real das famílias em todos os 5.570 municípios brasileiros.
Por que “Silva” lidera com tanta folga?
O sobrenome Silva se tornou o mais comum por vários motivos históricos:
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Era amplamente utilizado por colonos portugueses desde o período imperial.
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Foi atribuído, de forma recorrente, a pessoas escravizadas durante a escravidão, especialmente quando não se registrava sobrenomes de origem africana.
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Ao longo do processo de urbanização e migração interna, muitas famílias com esse sobrenome se espalharam por diferentes regiões, aumentando sua incidência nacional.
Hoje, “Silva” se tornou praticamente um símbolo da identidade brasileira, independentemente de origem étnica, classe social ou localização geográfica.
Como descobrir a origem e frequência do seu sobrenome
O IBGE disponibiliza uma ferramenta pública que permite pesquisar:
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Quantas pessoas têm o mesmo sobrenome no Brasil
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Em quais estados ele é mais comum
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Distribuição ao longo do tempo

Como consultar:
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Digite o sobrenome desejado.
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Explore mapas e gráficos interativos.
A lista dos sobrenomes mais comuns revela muito mais do que simples repetições de registros. Ela mostra raízes históricas, movimentos culturais e a formação social do país.
Ao observar nomes como Silva, Santos e Oliveira, percebemos que nossa identidade coletiva ainda carrega marcas profundas da colonização portuguesa e da trajetória do povo brasileiro.





