A partir de ontem (5), começaram a valer as novas regras do cheque especial, que haviam sido anunciadas no ano passado pelo Banco Central (BC). Apesar de receberem o aval para cobrarem pelo limite de crédito disponibilizado no serviço, os bancos se uniram e surpreenderam os correntistas sobre a tarifa.
O cheque especial é uma das linhas de crédito oferecidas pelos bancos de fácil acesso, apesar disso, são também uma das linhas mais caras para os consumidores.
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A cobrança autorizada pelo Banco Central (BC) concedeu as instituições financeiras autorização para realizar a cobrança pelos limite disponível do cheque.
Antes, os bancos só podiam cobrar quando os clientes usavam o limite do especial, ou seja, o pagamento do juros era o rendimento do banco.
Inicialmente, os clientes terão um limite de R$500 no cheque especial em que não será permitida a cobrança da taxa. De acordo com o BC, pelo menos 19 milhões de usuários estão dentro dessa categoria e ficarão isentos.
Os clientes que desejarem aumentar esse limite de R$500 é que receberão uma tarifa mensal de 0,25%. A questão polêmica nesta decisão, é a cobrança da taxa mesmo se o cliente não usar o limite do cheque, sendo feita apenas uma vez por mês.
Resposta dos bancos ao cheque especial
Dos cinco maiores bancos do país, quatro deles informaram que irão isentar os seus clientes da cobrança.
O Itaú, informou que não irá cobrar a taxa e que qualquer mudança na política de cobrança será comunicada com antecedência aos clientes por meio dos canais do banco.
O Bradesco informou que a taxa não será cobrada até junho deste ano. Porém, nos próximos meses o banco irá avaliar se haverá alguma tarifa e se sim, de que forma será cobrada. Entre os bancos privados apenas o Santander vai aderir a taxação.
Já nos bancos públicos, o Banco do Brasil disse que irá isentar seus clientes ao longo deste ano, sejam eles atuais ou novos correntistas.
A Caixa Econômica afirmou que no momento não será feita a cobrança, mas que está avaliando os impactos dessa decisão e que qualquer alteração será informada aos clientes. Entre os bancos digitais, o C6Bank afirmou que irá isentar os seus clientes da tarifa.
Além disso, o BC realizou mudanças na taxa de juros que o banco limitou em 8% ao mês. Antes os juros do crédito especial eram 12% ao mês que somados em um ano chegavam a 306%.
Sobre esse assunto, a Caixa Econômica também se posicionou. E diminuiu os juros de 8% determinado pelo Banco Central para 5% ao mês.