Um levantamento divulgado na quinta-feira (2), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apontou que o estado do Rio Grande do Sul tem o valor do etanol mais caro do país.
O encontrado foi que os gaúchos pagam em média no litro R$4,233, esse é o preço para os consumidores finais.
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A pesquisa foi realizada em 172 postos de combustíveis do estado entre os dias 22 a 28 de dezembro de 2019. Os valores encontrados nesses postos variaram entre R$3,79 e R$4,99.
Em Bagé, está o etanol mais caro da região da Campanha. O preço na cidade exorbita e chega a custar R$4,949, em cerca de três postos.
Já o preço mais baixo foi encontrado em Osório, localizado no Litoral Norte e em Gravataí, que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre, em ambos o litro custa R$3,79.
Em entrevista ao portal G1, o presidente da Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, afirmou que esse resultado já era esperado, por conta de diversos fatores.
“Além de não produzirmos [etanol no estado], estamos longe das produtoras e temos uma tributação elevada. Tem o fator de logística e o fator da tributação. O mercado está complicado”, aponta. “E o pessoal não percebe, mas impacta na gasolina, já que é obrigatório 27% de etanol”, acrescenta.
O estado que ocupa o segundo lugar no ranking é o Rio de Janeiro, que tem o valor do etanol acima de R$4. Os cariocas pagam em média R$4,59.
O Rio Grande do Sul também fica no ranking dos cinco estados com a gasolina mais cara do país. Na região, a gasolina custa ao consumidor R$4,76.
Apesar disso, neste quesito o estado fica em quinta posição atrás do Acre, em que a gasolina custa R$4,91. Minas Gerais que cobra R$4,79 por litro, Rio de Janeiro aponta R$4,99 e Rio Grande do Norte que cobra R$4,80.
Esse levantamento foi realizado no mesmo período porém em cerca de 364 postos do país. A pesquisa registrou o preço mínimo de R$4,40 e o preço máximo foi de R$5,40. O presidente da Sulpetro afirma que referente a gasolina o mesmo acontece.
“A gasolina é a mesma coisa. Somos um dos estados com maior índice tributário. Perdemos somente para Rio de Janeiro e Minas Gerais, que têm 32% e 31%. Não tem mágica. Enquanto não tiver uma fonte produtora, vai ter dificuldade de logística”, afirma o presidente.