INSS anuncia o fim das perícias online. Nessa semana, o Instituto Nacional do Seguro Social informou que a partir de agora todos os exames para a obtenção do auxílio doença deverão ser feitos presencialmente. Com a chegada do novo coronavírus, o órgão tinha aprovado os atendimentos digitais. Porém, para 2021 a medida não será mais válida.
Desde o segundo semestre de 2020 os segurados do INSS estavam realizando suas avaliações médicas, para a obtenção do auxílio doença, de forma digital.
No entanto, o órgão informou que tal atendimento está suspenso, solicitando que a população retorne as agências para a conclusão das análises.
De acordo com o cronograma do próprio INSS, as perícias online deveriam ocorrer até o próximo dia 31. Porém, sem explicar o porquê, o órgão decidiu antecipar os exames presenciais.
A iniciativa não foi bem vista e deverá resultar em novos atrasos no sistema da previdência.
Como fazer a perícia médica presencial?
Para ser examinado em uma das unidades do INSS o cidadão deve acessar o link https://covid.inss.gov.br/, e selecionar o dia, horário e local que deseja ser atendido. A marcação pode ser feita ainda através do app Meu INSS ou então por meio do telefone 135.
No entanto, é válido ressaltar que somente com o agendamento realizado é que o cidadão poderá ser atendido. Aqueles que comparecerem nas agências sem horário marcado deverão ser dispensados.
Nesse momento o órgão informou que há cerca de 491 agências em funcionamento. No entanto, as filas de atendimento superam mais de 520 mil solicitações em todo o país.
Especialistas criticam decisão do INSS
Para o advogado previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, a decisão do governo federal coloca a população em risco, tendo em vista que a campanha de vacinação não foi concluída.
“O retorno da perícia presencial vai tirar as pessoas de casa, que para ir as agências, muitas vezes, terão que entrar no transporte público e correr o risco de contaminação. Até o fim, a medida estava funcionando muito bem“, afirma ele.
Ele recomenda que o segurado, ao comparecer no órgão, reúna o maior número de documentações possíveis para evitar novos atrasos em sua avaliação.
“Não basta demonstrar a doença, mas sim a incapacidade através desses documentos que ele vai mostrar. E no dia do atendimento o segurado deve informar ao perito qual é a incapacidade que a doença provoca e o que ela impede sua atividade no trabalho”, explica o advogado.