Segundo estimativa, o mês de dezembro, o setor aéreo deve operar com 80% da capacidade registrada no mesmo mês do ano anterior. Dessa forma, a projeção feita pelo secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, indica que o nível de operação estará próximo do registrado em um período anterior à pandemia de covid-19.
Durante a fase de isolamento social da pandemia, as empresas aéreas tiveram recuo de 93% das atividades. Nos meses com o pico da doença, o nível chegou a 99%, com o estreitamento das medidas da quarentena.
Anteriormente, a média de voos diários era de 2,5 mil. Com os desdobramentos do coronavírus, o número diminuiu para 200 por dia.
A perspectiva feita pelo secretário, no entanto, se refere aos voos domésticos. “São números impressionantes comparado com outros países da América do Sul”, alega, segundo a Agência Brasil.
Já com relação aos voos internacionais, o índice previsto para dezembro é de 45% do total registrado em dezembro do ano passado. “No mercado internacional, a retomada é mais lenta porque dependemos de outros mercados e precisamos da abertura”, ressalta.
Previsão para a alta temporada
Apesar da retomada das atividades, Glanzmann alega que as receitas ainda estão abaixo do esperado pelas companhias. Com isso, ele revela aguardar a alta temporada para verificar as possíveis variações nos resultados.
O período da alta temporada acontecerá a partir de dezembro. O governo espera que as viagens internas apresentem um reaquecimento, em lugares como as praias da região Norte e Sul.
O turismo sub-regional também tem sido visto como um potencial de aumento nas operações. Entre as rotas possíveis, há indicação de rotas entre as cidades no país e outros países da América do Sul.
Estes dados foram revelados no debate sobre as perspectivas do setor no 2º Seminário de Competitividade do Setor de Infraestrutura, promovido pelo Ministério da Infraestrutura em parceria com a Fundação Dom Cabral.
Infraestrutura de transporte
Segundo dados divulgados no mesmo seminário, o Brasil apresentou melhora no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial. Os quatro indicadores utilizados tiveram melhoras, segundo empresários brasileiros participantes de uma pesquisa de opinião.
Os serviços aeroviários tiveram aumento de 18 posições na eficiência. A mudança foi de 85 para 67. Os outros indicadores analisados foram dos serviços portuários (104 para 91), qualidade das rodovias brasileiras (116 para 108) e eficiência das ferrovias (86 para 85).