Após negar auxílio emergencial ao Amapá, governo deve liberar FGTS extra aos moradores

Moradores do Amapá poderão ter acesso a um saque extra pelo FGTS. Diante da atual realidade há duas semanas sem energia, a população de Macapá e demais municípios do estado passaram a cobrar do governo uma solução quanto aos prejuízos financeiros ocasionados pelo apagão. Entre as medidas propostas até o momento, avalia-se a possibilidade de liberar recursos do FGTS. 

Após negar auxílio emergencial ao Amapá, governo deve liberar FGTS extra aos moradores (Imagem: Google)
Após negar auxílio emergencial ao Amapá, governo deve liberar FGTS extra aos moradores (Imagem: Google)

Inicialmente, a sugestão era de que os cidadãos tivessem acesso a parcelas extras do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, ao longo dos próximos dois meses.

No entanto, a medida foi reprovada pela gestão afirmando que não haveria recursos em caixa. Dessa forma, a solução encontrada para o Amapá foi autorizar saques no FGTS 

A retirada pelo FGTS ocorre de forma mais tranquila porque o governo não precisaria custear a ação.

Os valores seriam administrados pela Caixa Econômica Federal e custeados pelos próprios moradores, tendo em vista que se trata de um recurso pessoal de cada segurado do programa.  

Acidentes naturais são válidos para saques 

Nesse caso, a legislação do FGTS para justificar a decisão é de que quando há acidentes naturais os titulares das contas podem ter acesso ao benefício. Normalmente, o saque ocorre em casos de enchentes ou incêndios onde o cidadão perca seus bens. 

Mesmo que o ocorrido nas usinas que ocasionaram o apagão seja um incêndio, não foi algo que danificou os bens da população. Entretanto, com mais de 15 dias sem energia, a medida foi a única encontrada até o momento para minimizar o cenário atual que é de empregos paralisados e serviços em sistema de rodízios.  

Justiça em análise do caso 

Quanto a liberação do auxílio emergencial, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá recorrer contra a liberação do benefício. O órgão deverá alegar que o pagamento foi criado como uma medida relacionada a pandemia do covid-19 e não tem ligação com o que acontece no Amapá neste momento.  

No Planalto, outras possibilidades estão sendo estudadas para que sejam criadas novas políticas sociais de assistência a esse grupo. Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou a respeito e Paulo Guedes, ministro da economia, concorda com os saques pelo FGTS. 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.