Segurados do INSS passam por nova experiência na realização de suas perícias. Nesta terça-feira (03), o Instituto Nacional do Seguro Social deu início a uma nova etapa em sua gestão. Diante dos problemas para a realização dos exames médicos, por causa do covid-19, o órgão criou um projeto piloto com atendimentos realizados através do uso de telemedicina. A ferramenta já está funcionando, mas atende a um grupo restrito.
A nova ferramenta digital do INSS passou a ser testada hoje e conta com a parceria de 300 empresas. A ideia é que as contratantes estabeleçam vinculo com um médico profissional de sua preferência e esse fique responsável por realizar as perícias dos funcionários, passando o laudo para o órgão.
De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, “neste momento, o procedimento será para um grupo restrito de pessoas, os segurados das empresas que possuem acordo de cooperação com o INSS e que tenham formalizado o termo de adesão à experiência piloto.”
É válido ressaltar que o novo atendimento só pode ser feito para quem deseja ter acesso ao auxílio doença. Nesse caso, o trabalhador deve estar impedido de realizar suas atividades trabalhistas por questões de saúde e passará por uma avaliação para saber se tem direito ao benefício.
Funcionamento temporário
O INSS esclareceu ainda que o serviço deve ser visto inicialmente apenas como um teste, não garantindo sua implementação fixa em 2021. Até o momento, a telemedicina ainda não será totalmente adotada, exceto a avaliação do atual modelo apresente um resultado positivo.
“Reforçamos que não se trata do início do serviço de realização de perícia médica com uso de telemedicina, mas tão somente uma experiência piloto”, informou a secretaria.
O projeto piloto deverá funcionar até o dia 31 de dezembro deste ano. Após esse período, o INSS se reunirá para avaliar os resultados obtidos e decidir como as perícias acontecerão no ano seguinte.
“Posteriormente haverá um workshop envolvendo SPREV, INSS e outros órgãos (TCU, CGU, MPF, DPU), para avaliar os resultados e emitir recomendações sobre a continuidade ou não da perícia médica com uso da telemedicina, no formato proposto no protocolo”, informou o instituto.