Depois de um primeiro semestre de instabilidade econômica e desastres naturais, como Brumadinho, a economia brasileira parece estar se recuperando. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo das famílias cresceu 0,8% no terceiro trimestre e 1,9% em um ano.
Segundo especialistas, o cenário positivo está atrelado a duas situações. Primeiro, a redução dos juros básicos que estão em 5%. E segundo, ao pagamento do FGTS que vem movimentando mais de 40 bilhões em todo o território nacional.
Com a queda dos juros básicos, as empresas vêm reagindo no mercado e proporcionando uma melhor lucratividade e venda.
Leia também: Simulador saque aniversário FGTS: veja quanto vai receber
Além disso, aumentou também a possibilidade de empréstimos tanto para pessoas físicas quanto para as jurídicas, injetando ainda mais recursos na economia. O estudo mostra que entre julho e setembro ouve uma alta na solicitação desse serviço.
Já o saque do FGTS, liberado desde setembro, vem sendo o grande responsável pelas últimas movimentações bancárias. O valor, até o momento, é de até R$ 500 por conta, podendo chegar até ao dobro da quantia. Com ele, os consumidores estão elevando os números do comércio que apresentam uma alta de venda neste fim de ano.
Segundo o IBGE, entre julho e setembro, a economia brasileira cresceu em 1,2% comparado ao mesmo período no ano passado. Já no segundo trimestre, o PIB aumentou em 0,6%. Ao todo, até setembro de 2019 o produto interno bruto nacional corresponde a um crescimento de 1%, valor total obtido durante os 12 meses de 2018.
O instituto alega que ao liberar recursos com o FGTS, o governo fomentou o consumo de milhares de brasileiros. Foi registrada uma alta de 0,8% no terceiro trimestre (em comparação ao ano passado) e de 1,9% (em relação ao trimestre anterior).
Perspectivas da economia brasileira para 2020
Segundo economistas e analistas, tais números tendem a representar uma possível melhoria em 2020.
Eles alegam que mediante ao atual cenário, a economia tende a permanecer se reerguendo nos primeiros meses do próximo ano. Relembram ainda que alguns benefícios permanecerão sendo pagos, otimizando ainda mais as estatísticas.
“Parece ser uma economia que estava crescendo perto de 1% ao ano há muito tempo e agora, no terceiro trimestre está mais perto de 2%”, afirma Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco.