URGENTE: Greve dos caminhoneiros confirmada para dezembro

SALESóPOLIS, SP — Uma paralisação nacional da categoria de caminhoneiros foi oficialmente anunciada nesta terça-feira (2), com início previsto para quinta‑feira (4/12). A mobilização conta com apoio jurídico do ex‑desembargador Sebastião Coelho e tem como principal porta‑voz o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro.

greve dos caminhoneiros
URGENTE: Greve dos caminhoneiros confirmada para dezembro
(Foto: Montagem/FDR)

A greve dos caminhoneiros anunciada para este mês busca reivindicações trabalhistas e regulatórias, não atreladas a pautas partidárias. 

Quem está por trás da greve dos caminhoneiros

  • Chicão Caminhoneiro protocolou nesta terça‑feira uma ação formal para legalizar a paralisação. 
  • Sebastião Coelho manifestou apoio público ao movimento, garantindo assistência jurídica durante toda a mobilização. “Estarei lá com vocês… teremos o suporte jurídico necessário” — disse ele no vídeo de anúncio. 
  • Segundo os organizadores, a iniciativa não tem cunho político ou ideológico. A paralisação é apresentada como luta por direitos da categoria. 

Principais reivindicações da categoria

A pauta de reivindicações apresentada inclui:

  • Estabilidade contratual para caminhoneiros.
  • Garantia de cumprimento das leis que regulam o transporte de cargas.
  • Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas. 
  • Direito à aposentadoria especial após 25 anos de trabalho comprovado (com recolhimento ou emissão de nota fiscal). 

Segundo os organizadores, a paralisação não tem ligação com disputas partidárias — trata‑se de reivindicações ligadas às condições de trabalho e regulação do transporte de cargas.

Histórico: a lembrança da greve de 2018

O movimento revive memórias da greve nacional de 2018, que mobilizou caminhoneiros em todo o país por cerca de 10 dias.

Na época, a mobilização causou impacto significativo, com desabastecimento de combustíveis e alimentos, além de bloqueios logísticos que afetaram transporte e distribuição.

O governo acabou por negociar parte das demandas, mas o impacto econômico e social da paralisação foi profundo. 

O que pode mudar no país

  • Interrupção de rotas de transporte de cargas — o que pode afetar abastecimento de combustíveis, alimentos e insumos em vários estados.
  • Riscos de desabastecimento em postos, supermercados e centros de distribuição, como já ocorreu em greves anteriores.
  • Pressão sobre autoridades para negociação das reivindicações da categoria, uma vez que o movimento é apresentado como legítimo e legalizado.
  • Potencial impacto na economia nacional, dependendo da adesão e duração da paralisação.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com