Fechamento de 227 agências do Itaú preocupa correntistas em todo o país

O Itaú Unibanco fechou 227 agências no Brasil em apenas um ano. A decisão, segundo o banco, ocorreu devido à forte migração dos clientes para os canais digitais. Atualmente, mais de 90% das transações acontecem por aplicativo ou internet banking.

Apesar do avanço tecnológico, a medida acendeu um alerta entre correntistas. O estado de alerta recai, sobretudo, entre idosos e moradores do interior, que relatam preocupação com a perda do atendimento presencial.

Por que o Itaú fechou tantas agências?

O banco afirma que a redução das unidades físicas reflete, antes de tudo, a mudança no comportamento dos clientes.

Hoje, a maioria prefere resolver tudo pelo celular, sem enfrentar filas.

Além disso, manter uma agência aberta custa caro. Então, ao reduzir a estrutura física, o Itaú corta despesas e direciona investimentos para tecnologia, servidores e segurança digital.

Contudo, essa transição ocorre de forma desigual. Nem todos possuem acesso à internet de qualidade. E muitos não se adaptaram aos aplicativos bancários.

Quem mais sofre com o fechamento das agências do Itaú?

A mudança afeta principalmente:

  • idosos
  • moradores de pequenas cidades
  • pessoas com pouco acesso à internet
  • clientes que não dominam tecnologia

Em cidades menores, algumas agências do Itaú eram o único ponto bancário da região.

Com o fechamento, moradores agora precisam viajar quilômetros para resolver serviços simples. Isso inclui: desbloquear cartões, sacar valores maiores ou contestar cobranças.

Além disso, mesmo com aplicativos, muitos serviços ainda exigem atendimento humano. Principalmente, em casos de fraude, renegociação de dívidas ou inventário.

O impacto no atendimento e nos empregos

Com menos agências abertas, as unidades restantes recebem mais clientes. Como resultado, aumentam as filas e o tempo de espera.

Ao mesmo tempo, o fechamento reduz postos de trabalho. Bancários são realocados ou desligados, enquanto cresce a automação no setor financeiro.

Mesmo com lucros bilionários, o banco segue reduzindo atendimento físico. Essa contradição gera críticas de entidades sindicais e especialistas.

O que muda para os clientes do Itaú?

A digitalização veio para ficar. Porém, ela cria obstáculos reais para quem não acompanha o ritmo. Muitos clientes relatam dificuldades para:

  • acessar aplicativos
  • recuperar senhas
  • resolver fraudes pelo telefone
  • obter atendimento rápido

Além disso, o suporte digital nem sempre resolve problemas complexos. Isso aumenta a sensação de abandono entre clientes mais vulneráveis.

O fechamento de 227 agências do Itaú simboliza uma mudança irreversível no sistema bancário brasileiro. Porém, nem todos avançam na mesma velocidade.

A tecnologia facilita a vida de muitos, mas exclui parte da população. Por isso, o desafio não está na inovação, e sim na inclusão.

Sem alternativas presenciais eficazes, a modernização corre o risco de deixar milhões para trás. E, para muitos correntistas, o banco deixou de ser apenas digital, se tornou distante.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.