O Bolsa Família segue como o principal programa de transferência de renda no Brasil.
Nos últimos anos, ele passou por mudanças estruturais que incluíram a retomada do benefício mínimo, adicionais para crianças, gestantes e adolescentes. Além disso, há a criação de regras para que famílias que aumentam a renda não percam o benefício de forma imediata.
Assim, muitas pessoas querem saber se haverá novo valor em 2026 e quando as mudanças passam a valer.
Apesar de terem circulado rumores sobre reajuste, o governo já antecipou como o programa será tratado no próximo ano.
O que fica mantido no Bolsa Família em 2026
O orçamento enviado ao Congresso para o ano de 2026 prevê a manutenção dos valores atuais do programa.
Ou seja, não existe anúncio oficial de aumento no valor base do benefício para o próximo ano. Hoje, o Bolsa Família funciona da seguinte forma:
| Tipo de parcela | Valor | Quem recebe |
|---|---|---|
| Valor mínimo por família | R$ 600 | Todas as famílias aprovadas |
| Benefício Primeira Infância | R$ 150 por criança | Crianças de 0 a 6 anos |
| Benefício Variável Familiar | R$ 50 | Crianças de 7 a 18 anos, gestantes e nutrizes |
Além disso, a composição familiar continua determinando o total final recebido. Isso faz com que o valor médio nacional esteja acima do mínimo, girando em torno de R$ 670 a R$ 690 por mês.
Esse valor varia conforme o número de dependentes e os perfis atendidos.

Vai ter aumento do Bolsa Família em 2026?
Até agora, não existe proposta oficial para reajustar o valor base para R$ 700 ou qualquer outro valor.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que não há estudo em andamento para um aumento automático em 2026.
Isso significa que o valor continua sendo R$ 600, acrescido dos adicionais já existentes para crianças, adolescentes e gestantes.
Ainda assim, o governo pode discutir um reajuste mais adiante, especialmente se a inflação permanecer elevada.
No entanto, esse debate depende de espaço orçamentário e de decisões políticas, o que ainda não está definido.
Regras da renda e permanência no programa
Uma mudança recente que segue valendo em 2026 diz respeito às famílias que começam a ganhar um pouco mais.
Antes, qualquer aumento na renda podia fazer a família perder o benefício imediatamente. Agora, existe uma regra de transição:
- Se a renda familiar per capita ultrapassar o limite de entrada (hoje R$ 218 por pessoa), mas não ultrapassar R$ 706, a família poderá continuar recebendo 50% do benefício por até 12 meses.
Essa medida evita a chamada “armadilha da pobreza”, quando a pessoa deixa de aceitar emprego ou aumento por medo de perder o Bolsa Família.
Com essa regra, a família pode melhorar a renda gradualmente, sem perder o apoio financeiro de imediato. Essa transição segue válida para 2026.

Quando os pagamentos do Bolsa Família 2026 começam a valer?
Os pagamentos continuam seguindo o calendário organizado pelo último dígito do Número de Identificação Social (NIS).
Embora o calendário oficial de 2026 ainda não tenha sido publicado mês a mês, a lógica permanece:
- Os depósitos começam na segunda quinzena de cada mês.
- As datas vão do dia 15 ao dia 30, variando conforme o número final do NIS.
Ou seja, não há mudança estrutural no calendário de pagamentos. O que muda é apenas o ano de referência.
Quem tem direito ao Bolsa Família em 2026?
Permanecem as regras atuais para entrada no programa:
- Renda familiar mensal per capita de até R$ 218.
- Estar inscrito no Cadastro Único.
- Manter os dados do CadÚnico atualizados a cada 2 anos ou sempre que houver mudança familiar.
Além disso, continuam válidas as condicionalidades, como:
- Manter crianças e adolescentes na escola.
- Atualizar carteira de vacinação.
- Acompanhamento pré-natal para gestantes.
- Acompanhamento nutricional para menores de 7 anos.
Essas exigências não têm caráter punitivo imediato, mas são orientações para garantir o desenvolvimento social e de saúde das famílias beneficiárias.
Para 2026, o Bolsa Família não terá “novo valor” no sentido de aumento no benefício mínimo. O programa seguirá com o valor base de R$ 600, além dos adicionais de R$ 150 e R$ 50 conforme a composição familiar.
Por outro lado, regras recentes que incentivam a permanência no programa mesmo com aumento moderado da renda continuarão valendo. Isso é o que dá maior estabilidade às famílias.
Assim, quem recebe o benefício hoje pode esperar continuidade, segurança na transição de renda e pagamentos mensais mantidos dentro do calendário tradicional.

