A OpenSea, conhecida por popularizar os tokens não fungíveis (NFTs), está reformulando seu modelo de negócios.
A empresa agora quer se tornar a “interface universal da economia on-chain”. Desse modo, ela passaria a permitir que usuários negociem todos os tipos de ativos digitais, e não apenas colecionáveis.
Segundo o CEO Devin Finzer, o movimento não significa abandonar os NFTs, mas reconhecer que o mercado cripto evoluiu para além das artes digitais.
A plataforma pretende unir o que há de melhor entre exchanges centralizadas e descentralizadas. Mantendo assim, a custódia dos usuários com simplicidade de uso.
OpenSea entra na era “tudo on-chain”
Em 2025, a OpenSea registrou mais de US$ 2,6 bilhões em volume de negociações, sendo mais de 90% desse valor ligado a tokens fungíveis, como Bitcoin e Ethereum.
O dado mostra que a empresa já caminha para uma integração total entre diferentes blockchains.
Com suporte a mais de 22 redes, a plataforma agora permite swaps, gerenciamento de portfólio e negociações cruzadas em um único ambiente.
A ideia é que o usuário não precise alternar entre várias exchanges para operar com criptomoedas, NFTs ou outros ativos digitais.
Finzer resume a mudança de forma direta:
“Se existe on-chain, você poderá negociar na OpenSea.”
Bitcoin entra no radar da OpenSea
Um dos pontos mais simbólicos dessa transição, de fato, é a integração do Bitcoin ao ecossistema. Antes focada em blockchains compatíveis com Ethereum, a OpenSea agora se abre ao principal ativo do mercado.
Essa expansão é vista como um passo estratégico para recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos. Após dominar o setor de NFTs desde 2017, a empresa viu o volume cair e a concorrência crescer.
A aposta em ativos mais amplos, como Bitcoin, pode devolver relevância e liquidez ao marketplace.
Próximos passos e token SEA
O novo roteiro da OpenSea inclui o lançamento de um aplicativo móvel até o início de 2026, um token de governança (SEA).
Além disso, há o avanço rumo à chamada abstração real entre cadeias, conceito que promete tornar irrelevante a origem técnica de cada ativo.
Com o token SEA, a empresa quer criar um modelo de governança participativa, em que usuários poderão votar em decisões e participar do ecossistema.
Qual será o futuro do mercado cripto?
A transformação da OpenSea marca, sem dúvida, um ponto de virada no setor.
O modelo de “tudo on-chain”, conquanto, indica que as fronteiras entre NFTs, tokens e DeFi estão desaparecendo.
Ao abraçar o Bitcoin e outros ativos, a plataforma sinaliza que o futuro das finanças digitais será cada vez mais integrado. Assim, reforça que o verdadeiro valor está em conectar, não em separar, os diferentes mundos da blockchain.