SALESóPOLIS, SP — Fim de ano chegando, e junto com o clima de Natal e férias vem também uma das datas mais esperadas pelos trabalhadores: o pagamento do 13º salário.
Popularmente conhecido como “gratificação natalina”, esse direito é um reforço importante no orçamento das famílias e uma injeção de ânimo na economia do país. Mas você sabe como ele funciona?
O que é o 13º salário
O 13º é um direito garantido por lei desde 1962, e beneficia todos os trabalhadores com carteira assinada, sejam eles do setor público ou privado. Na prática, ele equivale a um salário extra por ano, dividido em até duas parcelas.
A regra é simples: quem trabalhou o ano inteiro na mesma empresa recebe o valor integral de um mês de salário. Já quem trabalhou por menos tempo ganha de forma proporcional. Por exemplo, se alguém trabalhou seis meses, recebe metade do valor.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Quando o 13º deve ser pago
A legislação determina dois prazos importantes:
- Primeira parcela: deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro.
- Segunda parcela: precisa ser quitada até o dia 20 de dezembro.
Ou seja, o trabalhador pode receber tudo de uma vez ou dividido em duas partes. Muita gente também opta por receber a primeira metade junto com as férias — uma boa forma de antecipar o dinheiro pra viajar ou pagar contas.
Quem tem direito ao 13º salário?
- Trabalhadores com carteira assinada: Inclui trabalhadores rurais e urbanos com contrato formal;
- Empregados domésticos: Têm direito ao 13º salário;
- Servidores públicos: Também recebem essa gratificação anual;
- Aposentados e pensionistas do INSS: Recebem o abono anual, um benefício equivalente ao 13º salário;
- Beneficiários de auxílios: O 13º salário é pago a quem recebeu benefícios como auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, auxílio-reclusão e salário-maternidade durante o ano.
Como é calculado o 13º salário?
O cálculo do 13º baseia-se na remuneração mensal do trabalhador:
- Divida o valor do salário bruto do trabalhador (sem desconto) por 12;
- Multiplique pelo número de meses trabalhados em 2025;
- Divida a quantia em duas parcelas que equivalem a 50% do 13º cada.
Adicionais, como horas extras e comissões, também influenciam o valor. Se o empregado esteve afastado sem remuneração, ajusta-se conforme os meses efetivamente trabalhados.
Quais são os impactos do 13º salário na economia?
O 13º salário é mais do que um bônus pessoal, ele é um motor da economia. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o pagamento injeta centenas de bilhões de reais no mercado todos os anos.
Esse dinheiro movimenta o comércio, os serviços e até o setor financeiro. Muita gente aproveita o extra pra comprar presentes, pagar dívidas ou até investir.
E com mais consumo, o comércio aquece, o que ajuda empresas a faturarem mais e até contratarem temporário, especialmente no fim do ano.
Dicas para aproveitar melhor o 13º salário
- Planejamento financeiro: Use parte do 13º para quitar dívidas, começando o ano de forma tranquila.
- Economia: Poupe uma parte. Ter uma reserva financeira é sempre útil para imprevistos.
- Investimento: Considere investir em cursos ou aplicações financeiras seguras.