A disputa AMD ou Intel, sem dúvida, é uma das mais antigas da tecnologia. Desde os primeiros computadores pessoais, as duas gigantes competem por desempenho, eficiência e inovação.
Mas em 2025, com IA embarcada e novos padrões de energia, a pergunta volta com força: qual processador é melhor hoje?
História: como começou a rivalidade entre AMD e Intel
A Intel surgiu nos anos 1970 com os processadores 8086, que definiram a arquitetura x86. Já a AMD começou como uma fabricante secundária, produzindo chips licenciados da própria Intel.
A virada veio nos anos 1990, entretanto, quando a AMD lançou seus próprios modelos e, em 2003, apresentou o AMD64. Esta é a base da arquitetura de 64 bits usada até hoje.
Desde então, AMD ou Intel se tornaram sinônimos de uma guerra constante por inovação. Enquanto a Intel dominava o mercado de notebooks e desktops, a AMD crescia em servidores e custo-benefício.
Qual é a tecnologias por trás dos processadores?
Arquitetura e desempenho
Os chips atuais combinam núcleos de alto desempenho com núcleos de eficiência. Desse modo:
- Intel aposta em arquiteturas híbridas, com núcleos P (Performance) e E (Efficient).
- AMD, por outro lado, utiliza o conceito de chiplets, separando núcleos e controladores de I/O para reduzir custos e aumentar a escalabilidade.
Além disso, o padrão x86-64 da AMD segue como base para todos os PCs modernos, inclusive os da Intel — um lembrete de quem revolucionou a arquitetura.
Avanços em IA e eficiência
Em 2025, a discussão “AMD ou Intel” também passa por inteligência artificial.
A linha Ryzen AI 300 (AMD) oferece até 55 TOPS de poder em IA, enquanto a Intel Lunar Lake alcança 48 TOPS com sua nova NPU 4.
Essa capacidade é crucial em notebooks “AI PCs”, que rodam tarefas locais de aprendizado de máquina, melhorando desempenho e economia de bateria.
Vantagens e desvantagens de cada marca
Pontos fortes da AMD
- Custo-benefício: oferece mais núcleos e threads por real investido.
- Longevidade: o soquete AM4 durou quase uma década; o AM5 tem suporte garantido até 2027.
- Gráficos integrados potentes: a arquitetura RDNA 3.5 entrega ótimo desempenho mesmo sem GPU dedicada.
Pontos fortes da Intel
- Eficiência energética: o design híbrido do Lunar Lake prioriza autonomia em notebooks.
- Inovação em fabricação: a Intel lidera com tecnologias como RibbonFET (transistores GAA) e PowerVia, que otimizam consumo e densidade.
- Ecossistema sólido: excelente compatibilidade com softwares de criação, edição e videoconferência.
Desvantagens
- AMD: a estrutura de chiplets pode gerar latência em tarefas sensíveis.
- Intel: costuma trocar de soquete com frequência, o que limita upgrades.
Segurança e confiabilidade
Tanto AMD quanto Intel enfrentaram vulnerabilidades nos últimos anos, como Spectre e Meltdown, corrigidas por atualizações de firmware.
A Intel, no entanto, lidou com falhas recentes como o Downfall, afetando gerações anteriores. Já a AMD mantém bom histórico de mitigação sem grandes perdas de desempenho.
AMD ou Intel: qual escolher em 2025?
Para desktops
Quem busca longevidade e economia tende a preferir AMD. Afinal, os processadores Ryzen oferecem alto desempenho multi-thread e boa escalabilidade.
Já a Intel é ideal para quem prioriza pico de performance em tarefas únicas e softwares otimizados.
Para notebooks
A Intel mantém leve vantagem em eficiência e duração de bateria, mas a AMD entrega melhor desempenho gráfico e poder de IA superior.
No fim, o ideal é comparar modelos equivalentes — como Ryzen AI 9 365 e Core Ultra 9 288V — considerando o uso real do usuário.
A eterna disputa entre AMD ou Intel, por fim, não tem um vencedor absoluto. Enquanto a Intel aposta em inovações de fabricação e eficiência, a AMD foca em longevidade, custo-benefício e poder gráfico.
Em 2025, escolher entre as duas depende mais do perfil do usuário do que de números brutos. Até porque, criadores, gamers e profissionais de IA podem se beneficiar de formas diferentes.
Uma coisa é certa: essa rivalidade continua sendo o motor da evolução tecnológica que move todo o mercado de computadores.