A inteligência artificial Gemini, do Google, esteve no centro de um alerta recente de segurança.
Isso porque, pesquisadores descobriram três vulnerabilidades que poderiam janelas para roubo de dados sensíveis e manipulação de sistemas em nuvem.
Batizado de “Gemini Trifecta”, o conjunto de falhas teve sua exposição pela empresa Tenable e já recebeu correções.
Ainda assim, o caso acende um sinal de alerta sobre os riscos da integração de IA em serviços críticos.
Quais eram as falhas no Google Gemini?
Os pesquisadores listaram três pontos vulneráveis:
- Prompt injection no Gemini Cloud Assist: instruções maliciosas escondidas em cabeçalhos HTTP poderiam enganar o sistema e expor serviços em nuvem, como APIs de monitoramento e de ativos.
- Manipulação no modelo de personalização de busca: criminosos poderiam inserir comandos no histórico do usuário, fazendo o Gemini vazar dados pessoais e localização.
- Ataques no Gemini Browsing Tool: o recurso de navegação podia ser explorado para exfiltrar informações privadas para servidores externos sem que o usuário percebesse.
Esses ataques, se bem-sucedidos, abririam brechas para acesso a credenciais, ativos corporativos e movimentação não autorizada em ambientes em nuvem.
Como o Google reagiu?
Logo após notificação, a empresa desativou hyperlinks automáticos em resumos de logs e reforçou os filtros para impedir instruções injetadas.
Assim, as medidas visam reduzir a chance de que comandos escondidos sejam executados pelo modelo.
Especialistas alertam que casos assim mostram como a IA não é apenas alvo, mas também vetor de ataque.
Por isso, organizações devem reforçar a governança sobre ferramentas de inteligência artificial e garantir monitoramento contínuo.
O que fica de lição após este caso com o Gemini?
As falhas do Google Gemini reforçam a necessidade de cautela. Afinal, quanto mais autônoma a IA, maior o risco de exploração por atacantes.
Para usuários comuns, não houve um grande impacto direto, uma vez que houve a correção das vulnerabilidade.
Contudo, para empresas que dependem de serviços em nuvem, o episódio mostra que a segurança deve caminhar junto com a inovação.