Qual é a diferença entre medo e fobia: entenda como reconhecer cada um

Qual é a diferença entre medo e fobia? Bem…

Sentir medo é algo natural para qualquer pessoa. Ele atua como um mecanismo de defesa que prepara o corpo para reagir diante de situações de risco.

Porém, quando essa reação se torna intensa, irracional e persistente, pode evoluir para uma fobia — considerada um transtorno de ansiedade pela ciência.

O que é o medo?

O medo é uma emoção universal, descrita em estudos de neurociência como uma resposta adaptativa.

Ele mobiliza o corpo a liberar hormônios como adrenalina e cortisol, preparando assim, a pessoa para lutar ou fugir diante de um perigo real.

Inclusive, pesquisas apontam que estruturas como a amígdala cerebral são fundamentais nesse processo (Garcia et al., 2017).

Em termos práticos, sentir medo de um cachorro bravo ou de atravessar uma rua movimentada é algo proporcional ao risco envolvido. Após o fim da ameaça, a sensação desaparece naturalmente.

Como identificar uma fobia?

A fobia, por sua vez, é um transtorno de ansiedade, conforme a classificação no DSM-5.

Diferente do medo comum, ela surge de forma desproporcional, mesmo quando não há perigo real. O simples pensamento ou visão de um estímulo pode desencadear crises de pânico, taquicardia e até bloqueios comportamentais.

Um estudo, disponível na Nature (Zsido et al., 2023), mostrou que fatores como idade, gênero e ruminação estão associados ao desenvolvimento de fobias específicas.

Um rapaz observa a aranha no copo tentando entender se sente Medo ou Fobia
Qual é a diferença entre medo e fobia ─ Imagem: Geração/FDR

Entre os tipos mais comuns estão a fobia social, o medo de voar, de lugares fechados ou de animais como aranhas.

As principais diferenças entre medo e fobia

  • Proporcionalidade: o medo é adequado à ameaça; a fobia é exagerada.
  • Controle: no medo, a pessoa consegue lidar; na fobia, a reação é quase incontrolável.
  • Impacto: o medo é passageiro; a fobia interfere na rotina e qualidade de vida.

Por isso, especialistas reforçam que, quando o medo passa a limitar a vida social, acadêmica ou profissional, é necessário procurar tratamento.

A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais eficazes. Ela, inclusive, pode vir acompanhada de medicação em casos graves (Daniel-Watanabe & Fletcher, 2021).

De todo modo, observar pequenos episódios no dia a dia, é um caminho para entender se o que você está sentindo é medo ou fobia.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.