Já aconteceu com você de ver, por exemplo, um rato ou lacraia se arrastando pelo chão, e em alguns segundos você se tremer da cabeça aos pés? Em alguns casos dá até aquela “paralisia” depois de ver um bicho nojento.
Muitas pessoas ─ inclusive, eu ─ relatam tremer por alguns segundos diante de animais considerados nojentos ou repulsivos.
Mas afinal, o que explica essa reação involuntária do corpo? Se você já sentiu isso, e não entendeu, fique por aqui, pois, explicamos logo abaixo!
O que acontece no cérebro ao ver um animal nojento?
De acordo com estudos em neurociência, emoções como medo e nojo ativam uma região chamada amígdala cerebral.
Essa área funciona como um “alarme” que dispara respostas automáticas de defesa. Mesmo que o animal não represente uma ameaça real, o cérebro interpreta sua presença como perigosa.
Essa ativação desencadeia a liberação de adrenalina e noradrenalina, hormônios que preparam o corpo para reagir em situações de risco.
É o famoso estado de luta ou fuga, responsável por sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos, suor frio e, em muitos casos, tremores.
Por que o nojo provoca tremores?
O nojo evoluiu como uma emoção protetiva. Ele nos afasta de substâncias, ambientes e seres que poderiam transmitir doenças.
Animais como baratas e ratos, por exemplo, carregam esse estigma biológico. Quando sentimos nojo intenso, ocorre uma descarga muscular involuntária.
O corpo contrai rapidamente e depois libera a tensão, gerando o tremor por alguns segundos.
Pesquisadores como Paul Rozin destacam que o nojo não é apenas um sentimento psicológico. Se trata também de uma resposta física automática que ajuda na autopreservação.
É normal tremer ao ver um inseto?
Sim. Essa reação não indica doença, é só um reflexo natural do sistema nervoso.
No entanto, se o tremor ou a repulsa se tornarem muito intensos — a ponto de atrapalhar a vida diária —, pode se tratar de uma fobia específica.
Nesses casos, terapias de dessensibilização ou acompanhamento psicológico podem ajudar a reduzir o impacto.