Adeus à rotatória? Novo modelo promete resolver um GRANDE problema

As rotatórias foram, por muito tempo, vistas como a solução ideal para organizar o tráfego. Porém, nos Estados Unidos, cresce a adoção de um novo modelo: o RCUT (Restricted Crossing U-Turn), ou superstreet e até J-turn.

Esse formato muda a lógica das interseções, pois, veículos que vêm da via secundária não podem cruzar diretamente ou virar à esquerda.

Eles precisam entrar à direita na via principal, seguir até um ponto de retorno (U-turn) no canteiro central e só então completar a manobra.

Dessa forma, o resultado é simples: menos pontos de conflito entre carros que seguem em linha reta e os que cruzam ou mudam de direção.

Rotatória RCUT (Ilustração)
Rotatória RCUT ─ Imagem: Reprodução

Quais são as vantagens do RCUT?

Estudos da Federal Highway Administration (FHWA) mostram que o RCUT pode reduzir em mais de 50% os acidentes graves em rodovias.

Em estados como Kentucky e Nebraska, por exemplo, houve o registro de quedas de até 82% nos ferimentos após a implantação.

Entre os benefícios, é possível destacar:

  • Segurança maior: elimina os perigosos cruzamentos diretos.
  • Fluxo mais rápido: menos fases de semáforo, menor tempo de espera.
  • Custo reduzido: exige menos obras pesadas que viadutos ou túneis.
  • Flexibilidade: pode ser usado em áreas urbanas ou rurais.

Há limitações no modelo frente à rotatória?

Apesar das vantagens, o RCUT não é perfeito. Afial, motoristas precisam percorrer distâncias maiores para completar manobras, o que pode causar estranhamento no início.

Além disso, se a via lateral tiver muito tráfego, o retorno pode gerar congestionamento.

Outro ponto crítico é a necessidade de sinalização clara. Sem placas e marcações bem visíveis, motoristas desavisados podem se confundir e cometer erros.

Rotatória RCUT vista de cima
Rotatória RCUT ─ Imagem: Reprodução

É realmente o fim das rotatórias?

Não totalmente. As rotatórias ainda são úteis em cenários urbanos com baixo ou médio fluxo. Já o RCUT tende a ser mais eficiente em rodovias de alto tráfego, onde o objetivo é reduzir acidentes sem recorrer a grandes obras.

Nos EUA, a expansão, de fato, é clara — e especialistas avaliam que, diante dos bons resultados, o modelo pode ser testado em outros países.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.