SUS vai fazer triagem de autismo em crianças de até 30 meses – Saiba como vai funcionar

SALESóPOLIS, SP — Sistema Único de Saúde (SUS) implementará um sistema de triagem de autismo para crianças de até 30 meses. Esta iniciativa inovadora promete transformar o cuidado infantil no Brasil, assegurando diagnósticos precoces e intervenções personalizadas.

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SUS vai fazer triagem de autismo em crianças de até 30 meses – Saiba como vai funcionar
(Foto: I.A/Sora)

Detectar sinais de autismo precocemente é importante para o bem estar da criança. A triagem à tempo possibilita intervenções que agregam significativamente ao desenvolvimento infantil.

O SUS desempenha um papel crucial ao garantir esse diagnóstico gratuito para a população, especialmente beneficiando famílias de baixa renda, que frequentemente enfrentam dificuldades para obter avaliações especializadas.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (18) que bebês e crianças entre 16 e 30 meses, ou seja, entre 1 ano e 4 meses a 2 anos e 6 meses devem passar por triagem de autismo durante consultas no SUS.

Como vai funcionar a triagem de autismo pelo SUS?

Segundo o G1, a triagem ocorrerá em unidades básicas de saúde. Pais e responsáveis poderão levar suas crianças para avaliações por profissionais treinados.

A ideia é que o teste M-Chat, usado para identificar sinais precoces do transtorno, entre na rotina da atenção primária.

O teste M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers), ou Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças Pequenas, é uma ferramenta de triagem que ajuda a identificar precocemente sinais de TEA em crianças entre 16 e 30 meses por meio de um questionário.

São até 23 perguntas que precisam ser respondidas pelos pais ou responsáveis sobre os comportamentos da criança. Apenas o teste não dá um diagnóstico fechado, mas indica a necessidade de investigação. 

Procedimentos pós-triagem de autismo pelo SUS

Caso a triagem aponte para risco de autismo, o SUS encaminhará a criança para avaliações abrangentes. Isso inclui consultas com neurologistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, assegurando um diagnóstico preciso.

Acesso antecipado a intervenções e terapias favorece a inclusão e otimiza o desenvolvimento da criança.

Além disso, as famílias compreenderão melhor o comportamento de seus filhos e terão acesso ao suporte adequado. Além disso, a triagem pelo SUS pode diminuir desigualdades no diagnóstico de autismo, proporcionando igualdade de oportunidades para todas as crianças no Brasil.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com