O que mudou no auxílio-doença? A verdade por trás da aprovação no STF

SALESóPOLIS, SP — O auxílio-doença, um benefício previdenciário vital para muitos brasileiros, e que passou por recentes atualizações.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) oficializou uma regra existente: o benefício poderá ser encerrado automaticamente após 120 dias, sem necessidade de nova perícia médica. 

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O que mudou no auxílio-doença? A verdade por trás da aprovação no STF
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

A aprovação do STF oficializa o tempo de concessão do auxílio-doença, estipulando um prazo máximo de 120 dias. Após esse período, o benefício será encerrado automaticamente.

Embora haja uma lei vigente desde 2017 que permite o encerramento do benefício neste prazo, muitos trabalhadores entravam na Justiça contra o INSS devido ao corte sem aviso prévio.

Agora, com a ordem do STF, todos os juizes do Brasil seguirão a mesma regra. Dessa forma vai agilizar o processo de análises de recursos e reduzir a burocracia.

Vale salientar que os trabalhadores que não se sentirem aptos para voltar a trabalhar após o afastamento de 120 dias continuam tendo o direito de pedir pela renovação do seu auxílio. No entanto, devem por conta própria agendar a perícia médica para prorrogação. 

Quais são as implicações dessa mudança no auxílio-doença?

A decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) validou a chamada “alta programada” para o auxílio-doença, confirmando que o pagamento pode ser encerrado automaticamente.

  • Fim automático do benefício: O benefício pode ser encerrado em até 120 dias, sem a necessidade de nova perícia médica. O INSS também pode fixar uma data de término menor do que 120 dias, já no momento da concessão.
  • Atenção aos prazos: Agora, a responsabilidade de acompanhar a data de encerramento do benefício é do segurado. Para continuar recebendo o auxílio, o trabalhador deve solicitar a prorrogação antes do prazo final acabar.
  • Desnecessidade de nova perícia: Antes da decisão, muitas ações judiciais exigiam que o INSS realizasse uma nova perícia antes de interromper o benefício. Com a decisão do STF, isso não será mais necessário.
  • Repercussão geral: A decisão do STF tem repercussão geral, o que significa que a regra se aplica a todos os casos semelhantes em tramitação no país. 

Quem deve se preocupar com as novas regras?

  • Trabalhadores em recuperação de doenças prolongadas
  • Pessoas que necessitam de períodos maiores para tratamento médico
  • Assalariados que dependem exclusivamente do auxílio-doença para seu sustento

Os beneficiários do auxílio-doença devem agora planejar melhor seu retorno ao trabalho ou, quando necessário, preparar-se para solicitar uma nova avaliação antes do término dos 120 dias.

É essencial estar atento aos comunicados do INSS e organizar documentos médicos que comprovem a necessidade de continuidade do benefício.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com