Nos últimos meses, voltou ao centro das discussões a possibilidade de o Brasil retomar o horário de verão em 2025.
Suspenso desde 2019, o modelo pode ser reavaliado pelo governo federal diante das mudanças no sistema elétrico. Além da pressão de setores econômicos interessados no retorno.
Por que o horário de verão pode voltar em 2025?
O Ministério de Minas e Energia (MME) encomendou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) novos estudos para avaliar o impacto da medida.
Assim, os cálculos indicam que o horário de verão poderia reduzir em até 2,9% a demanda máxima de energia nos períodos de pico entre outubro e fevereiro.
Além disso, haveria uma economia estimada em R$ 400 milhões ao evitar a necessidade de geração emergencial, especialmente de termelétricas.
A medida também ajudaria a aproveitar melhor a geração solar, que cresceu significativamente nos últimos anos.
Quais são os prós e contras da medida?
Defensores apontam que, além da economia de energia, o horário de verão impulsiona setores como comércio, bares e restaurantes.
Uma vez que registram aumento de movimento no início da noite. Estima-se um crescimento de até 15% no faturamento desses negócios.
Já os críticos lembram que a economia para os consumidores tende a ser pequena, especialmente em tempos de maior uso de ar-condicionado.
Também há questionamentos de médicos e especialistas sobre os efeitos no ciclo de sono e no bem-estar da população.
Há decisão oficial sobre o retorno do horário de verão em 2025?
Por enquanto, não há decreto que restabeleça o horário de verão. Pelo contrário, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que busca proibir a medida em todo o território nacional.
A decisão deve levar em conta fatores como níveis de reservatórios, perfil de consumo e previsões de demanda.
Caso aprovado, o horário de verão deve valer de outubro a fevereiro, principalmente para os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.