O Banco Central (BC) publicou uma nova resolução que promete mudar a forma como transações online são processadas no Brasil.
A norma determina que bancos e instituições de pagamento rejeitem operações destinadas a contas com suspeita de envolvimento em fraudes.
A regra é ampla e vale para todos os instrumentos de pagamento: Pix, TED, DOC, depósitos e até contas pré-pagas.
O objetivo, antes de tudo, é tornar a prevenção mais proativa. Esta seria uma maneira de fechar brechas que criminosos usam para lavar dinheiro ou movimentar recursos ilícitos.
Como vai funcionar a rejeição do Banco Central?
Segundo o BC, os bancos deverão consultar bases de dados públicas e privadas para identificar contas suspeitas.
E caso de risco de fraude, a instituição deve recusar a transação e informar ao destinatário sobre a decisão.
As instituições têm até 13 de outubro de 2025 para adaptar seus sistemas. Isso significa atualizar mecanismos de monitoramento, reforçar políticas de compliance e investir em tecnologias de detecção de anomalias.
Por que a medida foi adotada?
Nos últimos anos, o Brasil enfrentou casos de uso de contas bancárias e de pagamento em esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes digitais. O BC entendeu que era preciso criar um padrão obrigatório de segurança.
Até então, algumas instituições já bloqueavam preventivamente, mas outras não tinham protocolos claros. Com a nova resolução, todos os agentes autorizados passam a seguir as mesmas regras, ampliando a proteção do sistema financeiro e dificultando a atuação de golpistas.
Como isso muda a vida dos clientes e empresas?
A medida deve aumentar a segurança, mas também traz desafios práticos.
- Consumidores: podem ter pagamentos barrados por engano se sua conta for considerada suspeita, exigindo contato com o banco para revisão;
- Empresas: lojistas e marketplaces precisarão se atentar com a possibilidade de rejeição de transações legítimas;
- Instituições: terão de investir em tecnologia, análise de risco e atendimento ao cliente para lidar com notificações e contestações.

Apesar das dificuldades, a expectativa é de que o saldo seja positivo. Ou seja, tenha menos espaço para fraude e mais confiança no pagamento online.
De todo modo, o bloqueio obrigatório de pagamentos para contas suspeitas é mais um passo do Banco Central no combate a crimes digitais.
A mudança, inclusive, mostra que a inovação financeira precisa andar de mãos dadas com a segurança. Dessa forma, é possível assegurar proteção tanto para consumidores quanto para empresas.