Nova LEI PROÍBE uso de linguagem neutra no interior de São Paulo

A cidade de Cruzeiro, no interior de São Paulo, aprovou uma lei que proíbe o uso da linguagem neutra em documentos oficiais e em instituições de ensino.

A decisão foi tomada pela Câmara Municipal e agora segue para sanção ou veto do prefeito Kleber Silveira.

A medida, de fato, coloca o município no centro do debate nacional sobre a utilização de novas formas de flexão de gênero. Como, por exemplo: “todes”, “elu” ou “elxs”, em contraposição às normas tradicionais da língua portuguesa.

O que a lei determina em Cruzeiro?

O projeto veta o uso da linguagem neutra em situações específicas:

Uma professora ensinando conforme a Nova Lei sobre "todes" e pronomes neutros
Imagem: Geração/FDR
  • Administração pública direta e indireta;
  • Empresas públicas;
  • Órgãos subvencionados;
  • Secretaria de Educação e escolas privadas do município.

No caso das instituições particulares, o descumprimento pode resultar em advertência e até na suspensão de alvarás e licenças em caso de reincidência.

Além disso, a comunicação oficial deve usar apenas os termos “masculino” e “feminino”, definidos como “cientificamente corretos”.

Qual foi a justificativa para a aprovação?

O autor do projeto, vereador Paulo Filipe da Silva Almeida (União), argumenta que a medida visa preservar o uso do português. Aqui, ele se refere ao reconhecido pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP).

Segundo ele, os cidadãos ainda podem usar a linguagem neutra em contextos privados, mas não deve ser imposta em documentos públicos.

O parlamentar também destacou que o uso de formas alternativas pode dificultar a inclusão de pessoas com deficiência, como deficientes visuais e auditivos.

Como foi a votação?

O projeto recebeu 11 votos favoráveis e apenas 1 contrário, do vereador Anderson Leprechal (PSD). O presidente da Câmara, Paulo Filipe, aliás, não votou, seguindo o regimento interno.

Agora, a proposta segue para o prefeito Kleber Silveira, que poderá sancioná-la ou vetá-la. Caso seja aprovada, a norma terá impacto imediato em órgãos públicos e instituições de ensino do município.

A divulgação da informação veio através do Portal Cruzeiro.

O que acontece a partir de agora?

A sanção ou veto do prefeito será o próximo passo no processo legislativo. Se confirmada, então, a lei poderá servir como precedente para outros municípios do país que discutem projetos semelhantes.

A decisão de Cruzeiro reforça um debate que ganha cada vez mais espaço no Brasil: o equilíbrio entre inovação linguística e preservação das normas tradicionais da língua portuguesa.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.