Aposentadoria antecipada: Trabalhadores de 40, 45 e 48 anos ganham aprovação histórica!

SALESóPOLIS, SP — Desde 2019, com a reforma da Previdência, ficou mais difícil se aposentar. No entanto, recentemente, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta inovadora, reduzindo a idade mínima para aposentadoria em uma mudança histórica.

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Aposentadoria antecipada: Trabalhadores de 40, 45 e 48 anos ganham aprovação histórica!
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

De acordo com um projeto de lei complementar (PLP) aprovado pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, a idade mínima para a aposentadoria especial cairia de 55 para 40 anos de vida. 

Quem pode se beneficiar com a aposentadoria antecipada?

Trabalhadores que ficam expostos a agentes nocivos à saúde são os principais beneficiários desta nova regra.

Dependendo do tempo e da gravidade da exposição aos agentes nocivos, a idade mínima para aposentadoria especial pode cair significativamente:

  • 40 anos de idade + exposição por 15 anos;
  • 45 anos de idade + exposição por 20 anos;
  • 48 anos de idade + exposição por 25 anos.

Vale lembrar que durante todo tempo de profissão de risco o trabalhador deve estar contribuindo para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 

Com a reforma da Previdência as idades mínimas para se aposentar passaram a ser de 55, 58 e 60 anos de vida. Antes disso, porém, não havia exigência de idade mínima apenas tempo de contribuição. 

Novo valor da aposentadoria especial 

Além de propor a diminuição da idade mínima para aposentadoria, o projeto de lei 42/23 também sugere que haja mudança no cálculo de valor do benefício

A ideia é que ao invés de considerar apenas 60% da média de contribuições do trabalhador com adicional de 2% para cada ano acima de 15 anos contribuídos, como é feito hoje, o INSS consideraria 100% dessa média. 

A proposta será ainda analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois, seguirá para análise do Plenário. Para virar lei, o texto deve ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com