A chegada da UnionPay, maior bandeira de cartões do mundo, promete movimentar o mercado financeiro brasileiro em 2025. Mas, por trás dessa operação bilionária, está uma fintech nacional: a Left, escolhida para intermediar a estreia da gigante chinesa no país.
Poucos sabem o que é a Left
Fundada em 2020, a Left — também chamada de LeftBank — nasceu em Porto Alegre como uma fintech de soluções financeiras digitais.
Criada por Daniel Gonçalves e Wolney Borba, começou com um investimento inicial de R$ 500 mil, que cresceu para aportes de cerca de R$ 3 milhões.
A proposta, contudo, vai além de ser apenas uma conta digital. Aliás, a fintech se apresenta como um “banco progressista”, com parte das receitas revertidas a movimentos sociais escolhidos pelos clientes, como o MST.
Essa característica ideológica a diferencia de outras startups financeiras.
A ponte entre Brasil e China
A UnionPay, que já opera em mais de 180 países e emitiu mais de 7 bilhões de cartões, encontrou na Left o parceiro ideal para sua entrada no Brasil.
A fintech será responsável por emitir cartões da bandeira chinesa e integrá-los ao sistema nacional de pagamentos. Como, por exemplo, o PIX, maquininhas e terminais bancários.
A previsão é que os primeiros cartões de crédito, débito e pré-pago sejam lançados no segundo semestre de 2025.
Esse movimento promete aumentar a competição em um mercado dominado por Visa e Mastercard. Afinal, traz mais opções aos consumidores e reduzindo custos de transação.
Liderança e influência política
A Left também chama atenção pela composição de sua equipe. Marco Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, ocupa o cargo de diretor de Relações Institucionais.
Já o financista José Kobori atua como conselheiro estratégico, reforçando a visão de independência econômica e inovação financeira.
Essa mistura de tecnologia, ideologia e influência política torna a Left um ator relevante na transformação do setor financeiro brasileiro.
O que os brasileiros esperam agora?
Com a UnionPay, a Left pretende ampliar a inclusão financeira, oferecer taxas mais competitivas e criar uma alternativa às bandeiras tradicionais.
Além disso, o modelo de reinvestir parte da receita em causas sociais reforça o apelo junto a consumidores engajados.
A chegada da gigante chinesa via Left representa uma mudança de mercado. Pois, marca um novo capítulo na diversificação do sistema financeiro brasileiro.