As criptomoedas vivem um novo momento em 2025. Entre narrativas como inteligência artificial e Real World Assets (RWA), uma vem ganhando destaque: o DePIN, sigla para Decentralized Physical Infrastructure Network.
A proposta é conectar o mundo físico ao digital por meio da blockchain. Desse modo, se cria redes descentralizadas de infraestrutura, oferecendo recompensas para quem participa da construção desse ecossistema.
O que significa DePIN e como funciona?
O DePIN pode ser traduzido como Rede de Infraestrutura Física Descentralizada.
Na prática, estamos falando de projetos que unem blockchain a recursos do mundo real, como, por exemplo:
- Internet sem fio;
- Armazenamento de dados;
- Energia;
- Computação e sensores.
Diferente de modelos centralizados, em que empresas ou governos controlam a infraestrutura, no DePIN a lógica é colaborativa.
Assim, usuários contribuem com dispositivos ou recursos e são remunerados em tokens, criando uma rede mais resiliente, transparente e escalável. Até o momento, existem dois grandes grupos de DePINs:
- PRNs (Physical Resource Networks): voltados para recursos físicos, como conectividade e energia.
- DRNs (Digital Resource Networks): focados em infraestrutura digital, como armazenamento e poder computacional.
Por que o DePIN cresce tanto em 2025?
Os números ajudam a explicar a relevância. Até o início de 2025, já existiam mais de 1.170 projetos ativos, movimentando um mercado de US$ 33 bilhões e com 5,7 milhões de dispositivos em funcionamento em quase 200 países.
Outro fator que fortalece a narrativa, sem dúvida, é o interesse de investidores institucionais. Desde 2023, o setor recebeu mais de US$ 1 bilhão em aportes de capital de risco, mostrando desse modo, a confiança na expansão dessa tecnologia.
Além dos recursos, o DePIN se destaca por sua aplicabilidade prática.
Afinal, em vez de ficar restrito ao universo digital, ele resolve problemas reais como acesso à internet, distribuição de energia e processamento de dados. Essa utilidade aproxima a Web3 da vida cotidiana.
Quais são os principais projetos e tokens DePIN em 2025?
Entre os projetos mais relevantes estão:
- Helium (HNT): rede de conectividade descentralizada que evoluiu para oferecer cobertura 5G.
- Filecoin (FIL): sistema de armazenamento distribuído de dados.
- Render Network (RNDR): solução de renderização via GPU de forma descentralizada.
- Bittensor (TAO): rede voltada ao aprendizado de máquina descentralizado.
- Theta Network (THETA): dedicada a streaming de vídeo P2P.
Esses tokens já figuram entre os mais negociados no mercado cripto, portanto, se consolidam como protagonistas da narrativa em 2025.
A presença do DePIN no futuro das criptomoedas
A ascensão do DePIN representa, antes de tudo, uma mudança de paradigma. A proposta mostra que a blockchain pode ir além das finanças e revolucionar setores de infraestrutura, criando um modelo mais justo, acessível e participativo.
Até porque, a descentralização reduz custos, acelera a implementação de serviços e enfraquece monopólios. Ao mesmo tempo, empodera comunidades.
Em 2025, o DePIN se coloca como um dos motores da chamada “nova fase” das criptomoedas, que busca cada vez mais aplicações práticas no mundo real.
Para quem acompanha o setor, 2025 é o ano em que o DePIN deixa de ser promessa e se torna realidade concreta no universo das criptomoedas.