O ano de 2025, sem dúvida, mostrou uma sequência de escândalos que atingiram em cheio o universo dos influenciadores digitais.
Figuras que antes eram sinônimo de sucesso e engajamento nas redes sociais passaram a ocupar espaço nas páginas policiais. Isso, no entanto, revela uma face sombria da fama online.
Se você ficou de olho no feed, certamente viu também de acusações de fraude até prisões por tráfico de drogas, exploração infantil e lavagem de dinheiro. A lista de nomes que caíram em desgraça só cresce.
Os episódios reforçam que a exposição digital, quando mal administrada, pode se transformar em uma armadilha.
Prisões ligadas a crimes graves
Um dos casos mais recentes, sem dúvida, foi o de Hytalo Santos, preso em 15 de agosto de 2025, em Carapicuíba (SP), ao lado do marido Israel Nata Vicente.
A dupla foi acusada pelo Gaeco da Paraíba de exploração do trabalho infantil artístico e tráfico de pessoas. A prisão, inclusive, ocorreu quando ambos planejavam deixar o país, segundo o Ministério Público.
Poucos dias depois, em 18 de agosto, o casal de influenciadores Isabella Polli e Julian Feitosa foi detido em Balneário Camboriú (SC).
Com eles, a polícia apreendeu apenas 120 kg de cocaína e 12 kg de crack, o que vale cerca de R$ 14 milhões. Julian está preso, enquanto Isabella segue em liberdade.
Na segunda-feira também foi a vez da dupla Nancy Gonçalves e Kerollen Vitória. Respectivamente, mãe e filha foram condenadas a 12 anos de prisão em regime fechado. Elas também terão que pagar uma indenização no valor de R$ 20 mil para a família de cada vítima.
Elas respondem pelo crime de racismo, fruto de um vídeo em que ambas abordam crianças e oferecem “presentes misteriosos” tendenciosos. O caso ocorreu em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, em 2023.
Fraudes e investigações financeiras
A lista também inclui figuras que construíram sua base de seguidores em torno de sorteios e promoções.
Nego Di, ex-BBB e comediante, foi condenado em junho de 2025 a 11 anos e 8 meses de prisão por golpes envolvendo rifas virtuais. Apesar da sentença, ele responde em liberdade provisória, mediante medidas cautelares.
Luxo, glamour e condenações
O caso de Nayara Macedo (Any Awuada) ilustra outro lado da queda de reputação. Presa em maio de 2025 por falsificação de cosméticos adulterados, a influenciadora estava grávida no momento da detenção. Ela está solta desde junho, mas segue sob investigação.
Nem todas influenciadoras acabam presa e recentemente uma ‘narcoinfluenciadora’ viu a sua vida chegar ao fim. Estamos falando de, Eweline Passos Rodrigues, a ‘Diaba Loira’.
Influenciadores digitais e artistas do Rap e funk em alerta
Influenciadores e artistas ligados à música urbana também enfrentaram problemas judiciais midiáticos em 2025. MC Poze do Rodo, com milhões de seguidores, foi preso em 29 de maio de 2025.
Ele responde à acusação de apologia ao crime, tráfico de drogas e ligação com o Comando Vermelho.
Poucos dias depois, em 2 de junho, conseguiu habeas corpus, mas responde ao processo sob medidas cautelares.
Já Mauricio Martins Junior, o Mau Mau ZK, foi para a prisão em São Paulo em julho, durante uma operação contra o “jogo do tigrinho”.
Entretanto, o agravante em seu caso, foi o fato de ele ter uma pistola de calibre restrito em sua casa.
A face sombria dos influenciadores digitais
Embora os casos sejam distintos, todos compartilham um ponto em comum: a transformação da popularidade online em porta de entrada para crimes e condutas ilícitas.
De diferentes formas, entretanto, esses episódios mostram como a exposição digital amplia tanto as oportunidades quanto os riscos.
O saldo é claro: 2025 se tornou um dos piores anos para influenciadores digitais no Brasil.
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