Marinha apresenta nova arma do Brasil; um investimento de R$ 22 bilhões

A Marinha do Brasil apresentou nesta sexta-feira (8) a Fragata Jerônimo de Albuquerque. Esta é a segunda embarcação do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT).

O projeto tem um investimento total em cerca de R$ 22 bilhões. A finalidade, entretanto, é a construção de quatro navios. Este momento marca um avanço significativo na defesa nacional e na indústria naval do país.


Um marco para a indústria naval brasileira

Construída no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC), a fragata foi lançada durante cerimônia com vice-presidente Geraldo Alckmin. Além disso, estavam presentes autoridades da defesa.

O navio tem 107,2 metros de comprimento, 20,2 metros de altura e autonomia de 5.500 milhas náuticas. A embarcação conta com radares de última geração, hangar para helicópteros e um sistema avançado de combate.

Segundo Alckmin, investir na indústria naval significa, sobretudo, fortalecer a soberania e gerar riqueza. Ele destacou que a construção de navios no Brasil impulsiona o desenvolvimento regional, enquanto cria empregos altamente qualificados e fomenta polos de inovação tecnológica.


Capacidade de defesa e projeção internacional

A Jerônimo de Albuquerque será entregue à Marinha em janeiro de 2027. Sua missão inclui proteger os mais de 5,7 milhões de km² da chamada Amazônia Azul. Com isso, combater crimes como pirataria e pesca ilegal, além de realizar missões de busca e resgate.

O ministro da Defesa, José Múcio, ressaltou que a construção local fortalece a balança comercial brasileira. Isso abre portas para exportação de embarcações e ampliando o mercado internacional da indústria de defesa.

Avanços tecnológicos e geração de empregos

O programa é gerenciado pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). A execução, ademais, é por conta do consórcio Águas Azuis, formado por Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech.

A produção, aliás, envolve cerca de mil empresas e deve gerar 23 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.

O uso de tecnologias como gêmeos digitais e o Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) dá destaque ao Brasil. Isso porque o coloca entre os países com embarcações militares de alto desempenho.

Navio da Marinha
Imagem: Reprodução/Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul

Itajaí, potência náutica

Além de abrigar a construção das fragatas, Itajaí é líder na indústria náutica nacional. Assim, hoje, ela é responsável por 70% dos barcos fabricados no Brasil.

Não por menos, o setor movimenta R$ 611 milhões por ano e emprega mais de 1,1 mil pessoas na cidade.

Com a Jerônimo de Albuquerque, a Marinha ganha novo fôlego. Afinal, esta conquista representa também o papel estratégico da indústria naval como motor de desenvolvimento econômico e tecnológico no Brasil.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.