SãO PAULO (SP) — O Sistema Único de Saúde (SUS) está dando um grande passo para melhorar a saúde das mulheres brasileiras. A partir deste mês o SUS oferecerá tratamentos mais eficazes para a endometriose, uma doença que afeta milhões de mulheres e compromete sua qualidade de vida e saúde reprodutiva.
Novos tratamentos disponíveis pelo SUS
A endometriose ocorre quando o tecido que reveste o útero cresce fora dele, afetando órgãos como ovários, trompas de falópio e até o intestino. Os sintomas incluem dor intensa, infertilidade e uma grande redução na qualidade de vida.
Agora, o SUS vai disponibilizar, gratuitamente, o uso de dispositivos intrauterinos (DIU) hormonais e o medicamento Desogestrel para tratamento da doença.
Essas opções, que já são conhecidas por sua eficácia no tratamento de doenças ginecológicas, terão um impacto positivo na redução dos sintomas da endometriose, como dores intensas e cólicas, além de inibir a progressão da doença.
O que são os tratamentos oferecidos pelo SUS?
O DIU hormonal é um dispositivo pequeno inserido no útero, liberando hormônios para controlar a menstruação e aliviar os sintomas da endometriose. O Desogestrel, um anticoncepcional oral, ajuda a reduzir a dor e a progressão da doença.
Esses tratamentos estarão disponíveis em unidades do SUS por todo o Brasil, oferecendo acesso gratuito a milhares de mulheres.
Impacto positivo na vida das mulheres
A inclusão desses tratamentos no SUS é um marco na saúde pública brasileira, beneficiando mulheres de classe C, D e E que, frequentemente, não têm acesso a tratamentos caros no sistema privado.
Além disso, a iniciativa alinha-se aos esforços do Ministério da Saúde para melhorar a assistência às mulheres e garantir que todas tenham acesso a cuidados médicos de qualidade, independentemente de sua condição financeira.
Em um cenário em que a endometriose impacta diretamente a saúde reprodutiva das mulheres, as novas opções de tratamento representam um avanço considerável.
O Governo Federal afirma que, com esses tratamentos, a expectativa é melhorar a qualidade de vida das pacientes e, ao mesmo tempo, reduzir os custos com tratamentos mais invasivos, como as cirurgias, segundo o comunicado oficial.