CNU terá provas a cada dois anos, revela ministra Esther Dweck

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — O Concurso Nacional Unificado (CNU) está prestes a virar uma política permanente. Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, revelou que o CNU terá suas provas a cada dois anos. Em coletiva, Dweck enfatizou a relevância dessa medida para reestruturar os concursos no Brasil.

CNU terá provas a cada dois anos, revela ministra Esther Dweck
(Imagem/Geração: FDR)

Depois do grande sucesso da primeira edição, o MGI lançou o CNU 2026, que por sinal está com inscrições abertas. Essa segunda edição levantou uma expectativa sobre uma possível seleção em 2026, porém, isso não deve acontecer.

CNU a cada dois anos

A ministra da Gestão e Inovação, Ester Dweck, informou que o CNU deve virar uma política pública e com isso a previsão é de que o concurso aconteça a cada dois anos. Essa situação deve possibilitar a renovação do funcionalismo público, ao mesmo tempo em que abre novos postos de trabalho.

“A nossa ideia é que a gente possa deixar tudo pronto para que essa política se torne uma política permanente, nessa lógica que eu acho que toda política permanente deve ter, como é o Enem. Faz a primeira edição, aperfeiçoa para a próxima, até o momento que fica tão tranquilo, que você entra em um certo voo de cruzeiro. A gente está trabalhando com essa lógica”, afirmou Esther Dweck, segundo a Agência Gov.

A seleção aconteceu neste ano porque 2026 é ano eleitoral, ou seja, os concursos públicos ficam inviabilizados. Portanto, o próximo processo seletivo deve acontecer apenas em 2027.

Servidores públicos

Nos últimos anos, a gestão de pessoal no serviço público federal tem sido um tema central nas discussões sobre responsabilidade fiscal e eficiência administrativa. Entre 2010 e 2023, mais de 240 mil servidores do Executivo Federal se aposentaram, o que reflete a necessidade urgente de reposição no setor público.

 Esther Dweck, ministra responsável pela pasta, destacou que, nos próximos 10 anos, cerca de 180 mil servidores também devem se aposentar. A prioridade, segundo ela, é garantir que a qualidade dos serviços prestados à população não seja comprometida, ao mesmo tempo em que se mantém a responsabilidade fiscal, respeitando as contas públicas.

Um dos grandes desafios enfrentados pela gestão atual é a reposição de servidores. A falta de concursos nos últimos anos resultou em uma média de idade avançada entre os servidores ativos. Para Esther Dweck, esse cenário exige uma reposição cuidadosa.

No entanto, a reposição não tem sido feita na mesma proporção das saídas, devido a restrições orçamentárias e à digitalização de processos. A digitalização, apesar de reduzir a necessidade de muitos servidores, não elimina a demanda por contratações, principalmente em áreas específicas que enfrentam uma escassez de profissionais.

A ministra também pontuou que, embora o governo tenha retomado concursos públicos e reaberto negociações salariais durante o governo do presidente Lula, os esforços para manter o gasto com pessoal estável em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) são evidentes.

A prioridade, portanto, não é apenas a recomposição de quadros, mas também garantir que os gastos com servidores sejam mantidos dentro de limites responsáveis, sem prejudicar a capacidade de prestar serviços de qualidade à população. Mesmo com todas as dificuldades fiscais, o governo tem trabalhado para que os servidores não sofram perdas salariais significativas, algo que ocorreu em períodos anteriores.

 

 

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.