VITóRIA DA CONQUISTA, BA — Nos últimos meses, os trabalhadores estão sentindo no bolso o aumento constante do preço da cesta básica. De acordo com dados recentes, para conseguir comprar os itens essenciais para o dia a dia, como arroz, feijão, leite e óleo, o cidadão está comprometendo nada menos que 95% do salário mínimo.
(Imagem: IA/Sora)
Em um levantamento feito pela Pesquisas e Informações Econômicas, ficou claro que a cesta básica teve um salto significativo no preço, impactando diretamente as famílias que dependem do salário mínimo. Para se ter uma ideia, o valor da cesta básica para o trabalhador de Piracicaba (SP), por exemplo, chegou a R$ 1.287,90, enquanto o salário mínimo vigente é de R$ 1.518,00.
Ou seja, o trabalhador precisa gastar praticamente todo o seu rendimento para garantir os itens de primeira necessidade. Esse aumento representa um grande desafio para quem precisa fazer esse orçamento apertado dar conta das despesas mensais.
Impacto da cesta básica no orçamento das famílias
· Esse aumento nas despesas com alimentos tem gerado um forte impacto no orçamento familiar.
· Com menos recursos disponíveis para outras necessidades, como transporte, saúde e lazer, muitas famílias têm buscado alternativas para driblar essa situação.
· Uma das estratégias mais comuns tem sido o corte de gastos em outras áreas, priorizando a alimentação básica para a sobrevivência, explica o g1.
· Os itens que mais subiram de preço e têm comprometido o orçamento dos trabalhadores são o arroz, feijão e óleo.
· Estes produtos, essenciais no cardápio das famílias de classe média e baixa, representaram grande parte do aumento no valor da cesta básica.
· O feijão, por exemplo, teve um aumento de cerca de 18,9% em comparação ao mês anterior, o que tem gerado dificuldades adicionais para quem já enfrenta dificuldades financeiras.
O que está por trás do aumento dos alimentos?
O aumento contínuo no preço dos alimentos tem diversas causas. A escassez de produtos agrícolas devido a fatores climáticos e as altas taxas de inflação são alguns dos principais responsáveis pela alta nos preços da cesta básica.
Além disso, a flutuação do preço do dólar também tem impactado diretamente no custo de itens importados ou com insumos que dependem de matéria-prima de outros países, como o óleo e o trigo.
A falta de políticas públicas efetivas para o controle da inflação e para a promoção de um aumento real nos salários também são fatores que agravam a situação. O aumento do custo de vida não tem sido acompanhado por reajustes salariais, deixando a população ainda mais vulnerável à pressão inflacionária.
Com uma cesta básica cada vez mais cara, a perspectiva para os próximos meses não é animadora. Muitos trabalhadores de Piracicaba e de outras cidades enfrentam dificuldades em conseguir suprir suas necessidades básicas, o que tem gerado um ciclo de endividamento crescente. Para algumas famílias, a compra de alimentos essenciais já não é suficiente para garantir uma alimentação saudável e equilibrada, e elas acabam recorrendo a alternativas mais baratas e menos nutritivas.
O aumento do custo da cesta básica é um reflexo da conjuntura econômica do Brasil e exige ações urgentes para aliviar a pressão sobre as famílias. Políticas públicas mais eficazes para controle da inflação e aumento do poder de compra da população são fundamentais para tentar reverter esse cenário de perda de qualidade de vida.
Danielle Gomes, especialista do FR, apresenta apps que vão ajudar na economia no supermercado.