ARAGUARI, MG — A presença constante dos perfis consumistas nas redes sociais tem provocado impactos significativos na saúde mental de muitos usuários. O estímulo à comparação, ao consumo desenfreado e à busca incessante por um padrão de vida muitas vezes inalcançável pode gerar frustração, ansiedade e até depressão.
Por isso, especialistas recomendam uma “limpa digital”, reduzindo o contato com esses conteúdos e dando espaço a perfis que promovam o bem-estar, o autocuidado e uma vida mais simples. Ao acompanhar perfis consumistas nas redes, como influenciadores que ostentam roupas de grife, viagens de luxo e rotinas impecáveis, o usuário tende a criar uma percepção distorcida da realidade.
De acordo com a psicóloga e pesquisadora Ana Carolina Peuker, da startup Bee Touch, a exposição contínua a esse tipo de conteúdo afeta diretamente a autoestima: “A comparação constante gera um ciclo de insatisfação, fazendo com que a pessoa acredite que sua vida é insuficiente”.
Como fazer um limpa dos perfis consumistas nas redes
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Reflita sobre o que te causa comparação ou ansiedade;
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Deixe de seguir perfis que promovem apenas consumo e ostentação;
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Busque criadores que falem sobre vida real, simplicidade, organização e saúde mental;
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Use o botão “silenciar” para não ver conteúdos que você não pode ou não quer consumir agora;
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Reduza o tempo de tela com aplicativos de controle de uso.
Em tempos de excesso de informação e estímulo ao consumo, filtrar o que entra pela tela pode ser uma forma poderosa de cuidar da mente. Reduzir o contato com perfis consumistas nas redes é um passo importante para construir um ambiente digital mais saudável e alinhado com seus valores e objetivos de vida.
A curadoria do feed e seus benefícios emocionais
Um estudo da Royal Society for Public Health, no Reino Unido, mostrou que o uso excessivo de redes sociais, especialmente com foco em consumo e aparência, está associado ao aumento de sintomas de ansiedade e depressão em jovens. Para evitar isso, a recomendação é simples: fazer uma curadoria consciente do conteúdo que se consome.
Essa prática envolve deixar de seguir contas que estimulam a compulsão por compras, acumulam “publis” com apelo de urgência e ostentam padrões de vida irreais. Em contrapartida, seguir perfis voltados à educação financeira, minimalismo, saúde emocional e estilo de vida sustentável pode trazer mais equilíbrio e leveza à experiência online.