Anvisa PROIBE a venda de mais 2 azeites!

ARAGUARI, MG — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu na última segunda-feira, 27, a venda de mais duas marcas de azeite de oliva no Brasil. A medida foi tomada após ações de fiscalização conjunta entre a Anvisa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP), que detectaram irregularidades nos produtos. 

Anvisa PROÍBE a venda de mais 2 azeites! Imagem: TV Foco

A decisão amplia para seis o total de marcas de azeites vetadas nos últimos dias por apresentarem adulterações e riscos à saúde pública. Segundo a própria Anvisa, os produtos foram retirados do mercado por não atenderem aos padrões exigidos para a comercialização no país, além de apresentarem composições diferentes do que é declarado no rótulo, o que caracteriza fraude. 

A ação tem como objetivo proteger o consumidor brasileiro de produtos falsificados, que podem representar riscos à saúde e ao bolso. Na nova atualização da lista, as marcas Raioliva e Oliveiras do Conde foram suspensas. De acordo com a Anvisa, as amostras analisadas não continham azeite de oliva verdadeiro, mas sim misturas de óleos vegetais de qualidade inferior, o que configura fraude grave. 

Além disso, os lotes comercializados estavam em desacordo com a legislação brasileira vigente. Na semana anterior, outras quatro marcas já haviam sido proibidas pela Anvisa: Almazara, Do Chefe, Azeite de Oliva Vale do Oriente e Olivais do Porto. Os testes revelaram adulterações semelhantes, com presença de óleo de soja ou outros óleos refinados, vendidos como azeite extravirgem.

Anvisa alerta consumidores sobre riscos do consumo de produtos falsificados

A Anvisa alerta que o consumo de azeites adulterados não apenas engana o consumidor, como também pode representar riscos à saúde, especialmente para pessoas com restrições alimentares ou alergias. Produtos falsificados podem conter substâncias não declaradas ou não autorizadas, e, muitas vezes, são produzidos sem qualquer controle sanitário.

Além disso, a Agência reforça que os consumidores devem ficar atentos a preços muito abaixo da média de mercado, rótulos genéricos e ausência de informações detalhadas sobre o produtor e origem do azeite. Em caso de dúvidas, é possível consultar o rótulo e verificar se a marca possui registro válido no site oficial do Ministério da Agricultura ou da própria Anvisa.

Como saber se o azeite é confiável?

Para garantir a qualidade do azeite consumido, especialistas recomendam:

  • Verificar se o produto é rotulado como “azeite extravirgem” e se há informações sobre acidez (inferior a 0,8%);

  • Evitar produtos muito baratos, pois podem indicar baixa qualidade ou adulteração;

  • Observar a presença de registro nos órgãos fiscalizadores, como Mapa e Anvisa;

  • Comprar de marcas reconhecidas e com histórico de confiabilidade.

Fiscalizações continuam em todo o país

As operações de fiscalização conduzidas pela Anvisa e órgãos parceiros continuam em andamento e devem se intensificar nas próximas semanas. A meta é retirar do mercado todos os produtos irregulares e garantir a segurança alimentar da população. A agência também solicita que consumidores denunciem produtos suspeitos ou que apresentem características estranhas.

A atuação da Anvisa reforça a importância da vigilância sanitária para proteger o cidadão de práticas comerciais enganosas e potencialmente perigosas. A lista completa das marcas proibidas pode ser consultada no site oficial da agência ou nas plataformas do Mapa.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.