Saber interpretar rótulos e etiquetas de preço no supermercado pode ser a diferença entre aproveitar uma boa oferta ou cair em uma cilada. Em meio às gôndolas coloridas e às plaquinhas chamativas, nem toda “promoção imperdível” representa uma verdadeira economia e o consumidor informado é quem sai ganhando.

rótulos e preços no mercado. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
Ao interpretar rótulos, é possível descobrir não apenas o real custo-benefício de um produto, mas também evitar armadilhas como embalagens menores com preço aparentemente reduzido ou palavras que induzem ao erro, como “leve mais por menos”, sem especificar o valor por unidade.
Aprenda a interpretar rótulos
Um dos maiores erros cometidos pelos consumidores é comparar produtos apenas pelo valor total. O ideal é observar o preço por quilo, litro ou unidade, geralmente impresso em letras menores nas etiquetas das prateleiras. Esse dado revela o custo real do produto e permite comparações mais justas entre diferentes marcas ou tamanhos.
Por exemplo, um pacote de 500g de arroz a R$ 4,99 pode parecer mais barato que um de 1kg a R$ 9,50, mas, ao calcular o preço por quilo, o segundo tem melhor custo-benefício.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, traz dica simples para economizar nas compras do supermercado e gastar menos.
Embalagens e descrições podem enganar
Frases como “embalagem econômica” ou “oferta especial” são comuns, mas nem sempre refletem um bom negócio. Outro ponto de atenção são as embalagens com design semelhante ao de versões maiores, mas com menor conteúdo líquido ou peso, que passam despercebidas no carrinho.
Além do preço, interpretar rótulos nutricionais é importante para quem busca uma alimentação mais saudável. Informações como a quantidade de sódio, açúcares adicionados e gorduras saturadas ajudam na escolha consciente, e o novo modelo de rotulagem frontal da Anvisa tem facilitado essa leitura.
Dicas para evitar armadilhas no mercado
- Compare o preço por unidade de medida (kg, L, unidade);
- Não se deixe levar apenas pelas cores chamativas da etiqueta;
- Desconfie de promoções sem clareza sobre o valor original;
- Leve calculadora (ou use o celular) para fazer comparações rápidas;
- Planeje sua lista antes de sair de casa para evitar compras por impulso.
Consumo consciente começa com informação
Mais do que economizar, interpretar corretamente os rótulos e preços é um passo fundamental para o consumo consciente. Ao entender o que está comprando, tanto no aspecto financeiro quanto nutricional, o consumidor faz escolhas melhores, evita desperdícios e contribui com o próprio bem-estar e o da família.
Em tempos de inflação e orçamento apertado, a velha máxima continua atual: informação é poder e no supermercado, ela vale ouro.