Em meio à era dos bancos digitais, PIX e carteiras virtuais, um hábito considerado ultrapassado está voltando a moda: o uso do cofrinho. O que antes era visto apenas como uma brincadeira infantil ou uma tradição esquecida, hoje volta com força entre adultos e crianças, misturando nostalgia, disciplina financeira e influência direta das redes sociais.

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Na plataforma de vídeos, os criadores de conteúdo mostram o ritual de separar dinheiro físico e depositá-lo em cofres, envelopes ou divisórias coloridas, viralizaram na internet. Esses vídeos atraem visualizações por sua estética organizada e reconfortante, mas também por transmitirem uma ideia simples e poderosa: a visualização do progresso financeiro.
Yasmin Souza, especialista do FDR, comenta sobre dicas para economizar, confira.
Cofrinho voltou a ser popular entre os brasileiros?
O retorno ao cofrinho é, em parte, uma resposta à dificuldade que muitos enfrentam em controlar os gastos no ambiente digital. Os cartões de crédito e pagamentos instantâneos tornam o consumo mais fácil e, muitas vezes, mais impulsivo.
O dinheiro físico, por outro lado, traz uma noção mais concreta do que entra e sai da carteira. Guardar moedas e notas se transforma em um ato deliberado, quase terapêutico, que ajuda a reconectar as pessoas com o valor real do dinheiro.
Para os adultos, o cofrinho se tornou um símbolo de autocuidado financeiro. Muitos adotam metas pessoais, como juntar R$1 por dia ou guardar toda nota de R$2 que receberem. Já entre as crianças, os pais redescobriram no cofre um aliado para ensinar noções básicas de economia, paciência e planejamento.
A educação financeira infantil é importante para criar adultos conscientes e responsáveis financeiramente, que possuem capacidade de gerenciar suas próprias finanças com sabedoria e eficiência.
Ao aprenderem a lidar com finanças, elas entendem melhor o mundo em que vivem e aprendem a tomar decisões mais conscientes. Isso inclui saber planejar o futuro, como guardar dinheiro para estudar ou comprar uma casa, e aprender a economizar, o que ensina paciência e disciplina.
Além disso, o ato de guardar dinheiro em casa ganhou um componente emocional. Os cofres, muitas vezes personalizados, resgatam memórias da infância, criando um vínculo afetivo com o ato de poupar. É um hábito simples, mas cheio de significado.
Outras informações estão disponíveis no FDR.