Aposentados e pensionistas do INSS têm enfrentado um problema: descontos indevidos em seus benefícios relacionados a empréstimos consignados que nunca contrataram. Golpes e armadilhas envolvendo essas operações se tornaram mais frequentes nos últimos anos, exigindo atenção redobrada dos segurados e medidas preventivas eficazes.
Imagem: Jeane de Oliveira / FDR
O empréstimo consignado, por ser descontado diretamente da folha de pagamento ou benefício, é um produto atrativo para instituições financeiras e, infelizmente, também para os fraudadores.
A fraude ocorre quando criminosos acessam os dados dos beneficiários e contratam crédito em seus nomes, sem autorização. O resultado aparece no extrato de pagamento como uma parcela mensal desconhecida.
Móyses Batista, colaborador do FDR, comenta sobre as novas regras para solicitação do consignado do INSS, confira.
Como evitar armadilhas de empréstimo sem autorização?
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Para se proteger, o primeiro passo é ativar o bloqueio do benefício para operações de crédito consignado. Isso pode ser feito diretamente no site ou aplicativo “Meu INSS”, ou por meio da Central 135. Caso o segurado deseje futuramente contratar um empréstimo, o bloqueio pode ser facilmente revertido.
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Outra recomendação é consultar com frequência o extrato de pagamento no aplicativo ou site do INSS. Qualquer desconto não reconhecido deve ser imediatamente questionado. É possível também registrar reclamações na ouvidoria do INSS e acionar o banco responsável pelo crédito para contestação da operação.
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Evitar fornecer dados pessoais por telefone ou redes sociais é fundamental. O INSS alerta que não entra em contato com segurados para oferecer empréstimos. Se receber ligações insistentes oferecendo crédito, o ideal é desligar e denunciar o número à Anatel ou Procon.
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Aposentados que forem vítimas de descontos indevidos têm o direito de pedir o estorno das parcelas cobradas e o cancelamento do contrato fraudulento. Caso não obtenham resposta adequada da instituição financeira, devem procurar o INSS, órgãos de defesa do consumidor ou até mesmo a Justiça.
O combate aos golpes depende de vigilância constante e informação. Por isso, quanto mais informado estiver o beneficiário, menor será a chance de cair em armadilhas que comprometem sua renda e tranquilidade financeira.