A escolha da nova residência papal pelo recém-eleito Leão XIV marca uma guinada simbólica na liderança da Igreja Católica. Ao assumir o trono em maio de 2025, o novo pontífice optou por retornar ao tradicional Palácio Apostólico, local que havia sido deixado de lado por seu antecessor, o papa Francisco. A decisão não passou despercebida e levantou comparações sobre os estilos de vida dos dois líderes religiosos.

com a de Francisco. (Imagem: Reprodução/Vatican news)
Enquanto a nova residência papal reflete o resgate de uma tradição secular, com direito a cômodos históricos e estrutura imponente, a simplicidade adotada por Francisco durante seus 12 anos de pontificado permanece como um contraponto marcante. O contraste entre os dois estilos revela diferentes visões sobre o papel e a presença do papa dentro do Vaticano.
Nova residência papal
Localizado na Cidade do Vaticano, o Palácio Apostólico é mais do que apenas a residência do papa. Ele representa séculos de história, arte e poder. Leão XIV agora passa a ocupar um apartamento com cerca de 10 cômodos, que inclui desde uma capela privativa até uma biblioteca reservada. Detalhes como uma escrivaninha do século 18 e uma suíte médica integrada evidenciam o cuidado com o legado e a funcionalidade do espaço.
O local também conta com um jardim suspenso e acomodações para as religiosas que auxiliam nas tarefas da Casa Pontifícia. É dali, da famosa janela voltada para a Praça de São Pedro, que o papa conduz orações dominicais e outros encontros com os fiéis.
A especialista Jamille Novaes, colaboradora do FDR, traz mais detalhes sobre o escolhido para liderar a Igreja Católica.
Além das paredes do Vaticano
Leão XIV também poderá usufruir de estruturas mantidas por pontífices anteriores. Em Castel Gandolfo, tradicional refúgio de verão dos papas, há uma piscina construída a pedido de João Paulo II. Já dentro do próprio Vaticano, o novo papa tem à disposição uma quadra de tênis próxima às antigas Muralhas Leoninas, espaço que ele já frequentava antes mesmo de sua eleição.
Esse acesso a comodidades pode ser interpretado como uma retomada da rotina papal mais clássica, marcada por um certo distanciamento simbólico do dia a dia comum.
Francisco e a simplicidade como escolha pessoal
Ao contrário de seu sucessor, Francisco optou desde o início de seu pontificado por uma vida mais próxima das pessoas e distante dos luxos. Sua decisão de morar na Casa Santa Marta, uma hospedaria simples ao lado da Basílica de São Pedro, foi baseada na busca por vida comunitária e humildade, características marcantes de sua formação jesuíta.
Durante os 12 anos como papa, ele permaneceu na suíte 201, onde vivia com poucos objetos pessoais e compartilhava as refeições com outros residentes e funcionários. Sua rotina incluía missas diárias, encontros informais e uma gestão mais horizontal.