Veja quem são as 5 mulheres mais ricas da América Latina em 2025 (e como elas fizeram fortuna)

ARAGUARI, MG — As mulheres mais ricas da América Latina em 2025 continuam a ser referências de sucesso em setores como mineração, varejo, finanças e cosméticos. Em um cenário econômico ainda marcado por desafios globais e desigualdade de gênero nos negócios, essas empresárias e herdeiras destacam-se não apenas por seus patrimônios bilionários, mas pela forma como constroem, mantêm e expandem seus impérios em um ambiente predominantemente masculino.

Veja quem são as 5 mulheres mais ricas da América Latina em 2025 (e como elas fizeram fortuna). Imagem: Veja SP

Segundo os rankings mais recentes de bilionários da Forbes e dados do mercado financeiro, o topo da lista de mulheres mais ricas da América Latina em 2025 segue dominado por brasileiras e chilenas, com histórias que mesclam empreendedorismo, gestão familiar e investimentos estratégicos.

Quem são as 5 mulheres mais ricas da América Latina em 2025?

1. Iris Fontbona (Chile):

  • Patrimônio estimado: US$ 23 bilhões;

  • Setor: Mineração, bebidas e indústrias;

  • Origem da fortuna: Herdou os negócios do marido Andrónico Luksic, fundador do Grupo Luksic, o maior conglomerado industrial do Chile. A família tem participação majoritária na Antofagasta PLC, uma das maiores mineradoras de cobre do mundo. Iris é conhecida por manter uma postura discreta, mas eficiente na liderança dos negócios familiares.

2. Lucia Maggi (Brasil):

  • Patrimônio estimado: US$ 7 bilhões;

  • Setor: Agronegócio;

  • Origem da fortuna: Cofundadora da Amaggi, uma das maiores exportadoras de soja do mundo. Lucia Maggi é mãe do ex-ministro e empresário Blairo Maggi. Apesar de não ocupar cargo executivo atualmente, sua participação na empresa a mantém no topo da lista dos bilionários brasileiros e latino-americanos.

3. Ana Lucia de Mattos Barretto Villela (Brasil):

  • Patrimônio estimado: US$ 4,5 bilhões;

  • Setor: Indústria e filantropia;

  • Origem da fortuna: Herdeira do Grupo Itaúsa, holding que controla o Itaú Unibanco, Duratex, Alpargatas e outras empresas. Ana Lucia é presidente do Instituto Alana, que atua com foco em infância e educação, e tem sido destaque por unir filantropia à gestão de fortunas.

4. Maria Helena Moraes Scripilliti (Brasil):

  • Patrimônio estimado: US$ 3,5 bilhões;

  • Setor: Construção e Engenharia;

  • Origem da fortuna: Herdeira do grupo Camargo Corrêa, um dos maiores do setor de engenharia e construção na América Latina. Apesar de atuar nos bastidores, sua presença é constante nos rankings da Forbes como uma das mulheres mais influentes do setor empresarial brasileiro.

5. Giselle Bündchen (Brasil):

  • Patrimônio estimado: US$ 2 bilhões (consolidado em ativos e marca pessoal);

  • Setor: Moda, beleza, investimentos sustentáveis;

  • Origem da fortuna: A modelo brasileira mais famosa do mundo construiu um império a partir de campanhas milionárias e marcas próprias. Em 2025, sua atuação em negócios sustentáveis e moda consciente a consolidou como uma das empreendedoras mais bem-sucedidas do continente.

Como elas construíram suas fortunas?

A maioria dessas mulheres mais ricas da América Latina teve origens familiares privilegiadas e herdou fortunas, mas foram além: profissionalizaram gestões, diversificaram investimentos e expandiram fronteiras.

Veja os principais pontos em comum entre elas:

  • Gestão familiar profissionalizada: Todas atuam ou atuaram em grupos com forte governança corporativa;

  • Diversificação de investimentos: Seus portfólios incluem ações, empresas controladas, imóveis e investimentos sustentáveis;

  • Discrição aliada à eficiência: Muitas delas evitam os holofotes, mas estão entre as maiores decisoras de investimentos da América Latina;

  • Filantropia: A maior parte está envolvida em causas sociais, desde a educação até o meio ambiente.

Mulheres e poder econômico: um cenário em transformação

Apesar da presença crescente de mulheres em altos cargos, elas ainda são minoria nas listas de bilionários. Segundo relatório da Credit Suisse de 2023, apenas 11% das grandes fortunas no mundo estão nas mãos de mulheres e, dessas, a maioria veio de heranças. A participação feminina em cargos de CEO no Brasil, por exemplo, é de apenas 13%, conforme dados da IBGE (2022).

Contudo, a atuação das mulheres listadas acima mostra que o cenário está mudando, ainda que lentamente. As mulheres mais ricas da América Latina em 2025 são uma combinação de herança, estratégia empresarial e visão de longo prazo. Elas não apenas conservam patrimônio, mas influenciam setores inteiros da economia, mostrando que a liderança feminina no topo dos negócios é não apenas possível, mas transformadora.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.