SãO PAULO (SP) — O debate sobre a necessidade da redução da jornada de trabalho dos brasileiros segue avançando no país. Nesta semana, o ministro do Trabalho Luiz Marinho emitiu um comunicado oficial sobre a possibilidade do fim da jornada 6×1.
O tema, que está em debate no Congresso Nacional, foi tratado inicialmente pelo presidente Lula durante o discurso de 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Na ocasião, o presidente afirmou que irá incentivar a discussão do fim da jornada 6×1.
Já nesta semana, o ministro do Trabalho Luiz Marinho destacou que é preciso dialogar sobre o tema. Segundo Marinho, a discussão deverá envolver tanto os trabalhadores quanto os empregadores do país.
“O meu papel é dialogar com todos, ouvir os trabalhadores e os empregadores, além do parlamento sobre como podemos chegar a um consenso que seja bom para o Brasil”, afirmou o ministro por meio de comunicado oficial.
Na visão dele, o país está maduro para essa mudança, que deverá possibilitar a redução da jornada semanal de 44 horas para 40 horas por semana.
Além disso, o ministro também destacou o desgaste que a jornada 6×1 pode trazer para a saúde e bem estar dos trabalhadores.
“Enxergamos com bons olhos esse processo gradativo para se chegar a um patamar saudável no ambiente de trabalho, com melhora na qualidade de vida e na produtividade, evitando problemas mentais causados por condições de trabalho”, ressaltou Marinho.
Proposta do fim da jornada 6×1 precisa ser debatida:
- Para que alguma mudança seja realizada na legislação brasileira, é preciso que o debate avance no Congresso Nacional;
- Somente após a definição nas comissões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados é que o possível projeto de lei poderá ser colocado para votação;
- Em seguida, caso seja aprovado, o projeto ainda deverá ser encaminhado para a sanção presidencial;
- Apenas ao final destas etapas, ele seguirá para receber o aval do presidente e, de fato, se tornar lei.
De acordo com a especialista do FDR, Laura Alvarenga, a perspectiva é de que o debate avance ainda neste ano.
No entanto, não é possível confirmar se o tema será de fato votado ainda em 2025. Por isso, os trabalhadores devem permanecer atentos para saber as novidades sobre o tema.